Ela é mais conhecida como Marisa Vieira,
mas para alguns amigos mais chegados é Mym Mesm. Pra mim que a conheço mais um
pouco pode ser também Afro-dite-se-quiser, ou quase senpre. Nos conhecemos do
Rio de Janekiro, dos Saraus e das Balbúrdias. De Bento Gonçalves-RS. Congresso
Brasileiro de Poesia. De Campos dos
Goytacazes, Sarau Baião de Dois.
E foi em Campos no Sarau Baião de
Dois que ela revelou-se Mym Mesma pela primeira vez e desde então na Igreja
Universal do Reino de Zeus tornou-se a grande rival de Vênus, Afro-dite-se-quiser.
Ao vivo nunca a vi de mau humor, pois o bom, a
ironia, o sarcasmo e as tiradas de letra, que ela mesmo denominou de frases soltas é o seu forte. Na entrevista
não sei exatamente dizer onde ela é
Marisa, Mym Mesm a ou Afro-dite-se-quiser.
Marisa Vieira - De Brasília, Capital do Rock ‘N’Roll, filha do
concreto, mas encontrou a sua tribo nos braços do Redentor, Rio de Janeiro. E
se quiser saber mais sobre ela é só trafegar pelos Saraus de Poesia das noites
Cariocas, pois lá estará ela soltando suas frases soltas, a caminho para a
edição seu primeiro livro.
Artur Gomes - Como se processa o seu estado de
poesia?
Marisa Vieira - Não processo, apenas acontece,
costumo dizer que não posso me dar ao luxo de viver de poesia, assim como não
posso aceitar a miséria de viver sem poesia.
Artur Gomes - Seu poema preferido?
Marisa Vieira - O bicho, Manuel Bandeira, por ser
o primeiro que aprendi e fiquei pasma, aos 9 anos de idade.
Artur Gomes - Qual o seu poeta de cabeceira?
Marisa Vieira - Adélia Prado.
Artur Gomes - Em seu instante de criação existe
alguma pedra de toque, algo que o impulsione para escrever?
Marisa Vieira - Momentos de tristeza.
Artur Gomes - Livro que considera definitivo em
sua obra?
Marisa
Vieira - Não tenho livro publicado, se entendi bem a pergunta, amo Grande Sertão Veredas.
Artur Gomes - Além da poesia em verso, já
exercitou ou exercita outra forma de linguagem com poesia?
Marisa Vieira - Viver.
Artur Gomes - Qual poema escrevei quando teve
uma pedra no meio do caminho?
Marisa Vieira - Por ser a única poeta da família:
salvou-se
era a rima
da família
Artur Gomes - Revisitando Quintana: você acha
que depois dessa crise virótica pandêmica, quem passará e quem passarinho?
Marisa Vieira - Os urubus.
Artur Gomes - Escrevendo sobre o livro Pátria
A(r)mada, o poeta e jornalista Ademir Assunção, afirma que cada poeta tem a sua
tribo, de onde ele traz as suas referências. Você de onde vem, qual é a sua
tribo?
Marisa Vieira - Sou de Brasília, Capital do Rock
‘N’Roll, sou filha do concreto, mas
encontrei minha tribo nos braços do Redentor, Rio de Janeiro.
Artur Gomes - Nos dias atuais o que é ser um
poeta, militante de poesia?
Marisa Vieira - É ter muita coragem, persistência
e poucas alegrias...
Artur Gomes - Que pergunta não fiz que você gostaria
de responder?
Marisa Vieira - Tá tudo certo, Mym Mesma é
obediente hehe
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