quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Da Nascente A Foz Um rio de palavras

Artur Gomes

poeta ator videomaker

 17 livros de poesia publicados – Um Instante No Meu Cérebro (1973) – Mutações Em Pré-Juízo (1975) -  Além Da Mesa Posta (1977) – Jesus Cristo Cortador De Cana (1979) – O Boi-Pintadinho (1980) – Suor &Cio (1985) – Couro Cru & Carne Viva (1987) – 20 Poemas Com Gosto De JardiNÓpolis e Uma Canção Com Sabor de Campos (1990) – Conkretude Versus ConkrEreções (1994) - CarNAvalha Gumes (1995) -  BraziLírica Pereira: A Traição Das Metáforas (200) – SagaraNAgens Fulinaímicas (2015) - Juras Secretas – (Editora Penalux-2018) – Pátria A(r)mada – (Editora Desconcertos - 2019 – Prêmio Oswald de Andrade – UBE-Rio – 2020) – O Poeta Enquanto Coisa – (Editora Penalux – 2020) – e-book O Poeta Enquanto Coisa ou Homem Com A Flor Na Boca – (Fulinaíma Edições Eletrônicas – 2021)

Entre e baixe para ler: https://jidduksonline.com.br/ornitorrincobala-arturgomes-ebooks/

 Em 1974 com a música Caminho de Paz, parceria com Paulo Ciranda, vencemos o IV Festival de Música de São Fidélis-RJ.

 De 1975 a 2002  dirigi Oficina de Artes Cênicas na ETFC (Escola Técnica Federal de Campos) hoje Instituto Federal Fluminense.

Em 1975 com a música Ponto de Luz, parceria com Vítor Meireles e Bento Mineiro, vencemos o II Festival De Música do SESC-Campos.

Em 1977 com a música Balada Pros Mortais, parceria com Paulo Ciranda, vencemos o Festival de Música de Itaocara-RJ

Em 1980 com a música Boi-Pintadinho, em parceria com Paulo Ciranda, vencemos o Festival de Música de Miracema-RJ.

Em 1983 criei o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira – executado até 1994.

Em 1985 participei do Encontro de Escritores em Jardinópolis-SP – evento coordenado pelo escritor Gabriel dela Puente.

Em 1987 em parceria com Genilson Soares, Mário Sérgio Cardoso, Nilson Siqueira e Oscar Wagner criamos o Studio 52, em Campos dos Goytacazes-RJ onde até o final de 1988 produzimos diversos eventos culturais, com o projeto Psicanálise Popular: Um Divã Em Cada Esquina.

Em 1987 – participei do Seminário – Brasil: Cultura e Resistência – realizado em Batatais-SP – evento realizado pela FUNARTE, UBE-SP, Secretaria Estadual de Cultura e Prefeitura Municipal de Batatais. Evento idealizado pelo escritor Gabriel de La Puente.

Em 1988 fiz Performance Poética, na UNESP em São José do Rio Preto-SP, dentro da programação da Semana Cultural 100 Anos de Abolição. Evento idealizado pela pesquisadora Hygia Calmon Ferreira.

Em 1988 fiz Performance Poética, no Teatro Francisco Nunes, em Belo Horizonte-MG, na posse do poeta  Adão Ventura na presidência do Sindicato dos Escritores de Minas Gerais-MG

Em 1988 fiz Performances Poética, em Oliveira-MG no evento Festa da Poesia, idealizado pelo poeta Márcio Almeida.

De 1989 a 1990 dirigi na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima em Campos dos Goytacazes-RJ o projeto Encontro Nacional de Poesia Em Voz Alta.

Em 1990 participei da comissão organizadora do Seminário: Brasil: Uma Cultura Em Questão – Realizado em Regisro-SP – evento realizado  pela FUNARTE, UBE-SP, Secretaria Estadual de Cultura e Prefeitura Municipal de Registro.

Em 1991 e 1992 dirigi Oficina de Criação Poética para estudantes de letras  na UNESP em São José do Rio Preto-SP

Em 1993 criei o projeto Mostra Visual de Poesia Brasielira – Mário de Andrade 100 Anos – executado pelo SESC-SP

Em 1994 realizei com apoio da UBE-Piauí, a Mostra Visual de Poesia Brasileira, em Teresina-PI em homenagem a poesia de Torquato Neto e Mário Faustino.

Em 1995 fia Performance Poética e apresentei poemas.gráfico.visuais do projeto Retalhos Imortais do SerAfim no Festival de Inverno da UFMG em Ouro Preto-MG.

Em 1995 criei o projeto Retalhos Imortais do SerAfim – Oswald de Andrade Nada Sabia de Mim – executado pelo SESC-SP.

Em 1996 dirigi Oficina de Criação Poética no SESC Campinas-SP.

De 1996 a 2016 – fui um dos poetas convidados para o Congresso Brasileiro de Poesia – realizado em Bento Gonçalves-RS – onde me tornei coordenador do Departamento de Áudiovisual – realizando Mostras e Mesas de bate papo sobre o tema a cada edição do evento.

Em 1996 fui um dos poetas convidados para o projeto Poesia 96 – da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.

Em 1997 fiz Performance Poética e participei do curso Do Requinte Do Lírico Ao Delicado Do Erótico, dirigido por Sebastião Nunes, no Festival de Inverno da UFMG em Ouro Preto-MG.

Em 1998 criei em parceria com Kapi o Projeto Brecht Versus Suassuna, executado pela Oficina de Artes Cênicas do CEFET-Campos, hoje Instituto Federal Fluminense. 

Em 1999 criei o FestCampos de Poesia Falada – executado pela Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima até 2019. 

Em 2000 criei o Projeto CaraVelas Ao Vento: Brasil Outros 500 executado pela Oficinan de Artes Cênicas do Cefet-Campos, hoje Instituto Federal Fluminense. 

Em 2002 com a parceria dos músicos Luiz Ribeiro, Dalton Freire, Naiman e Reubes Pess lancei o CD Fulinaíma Sax Blues Poesia.  

Em 2002 criei o projeto Terças Poéticas – Poesia Em Cena – realizado no SESC Campos-RJ.

Em 2005 fui um dos poetas convidados para o projeto Outros Bárbaros – Poesia Na Idade Mídia – idealizado pelo poeta Ademir Assunção – realizado pelo Itau Cultural em São Paulo.

Em 2007 em parceria com Jiddu Saldanha iniciei minhas travessuras com produção audiovisual em Cabo Frio-RJ.

Em 2008 fiz Performance Poética na Feira do Livro de Imperatriz-MA e fui homenageado no Belô Poético em Belo Horizonte-MG projeto criado e coordenado pelo poeta Rogério Salgado. 

Em 2011 e 2012 – coordenei o Laboratório de Produção Cine Vídeo no IFF Campus Campos Centro.

Em 2012 fiz Performance Poética, no Centro  Cultural Luciano Bastos, em Bom Jesus do Itabapoana-RJ, com poesia de Pablo Neruda. 

Em 2011 e 2012 Dirigi Oficinas de Produção Cine Vídeo no SESC – Campos.

Em 2013 participei do Circuito Cultural Arte Entre Povos, fazendo Performances Poéticas e dirigindo Oficinas de Cine Vídeo Poesia, em cidades dos Estado do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, projeto criado e coordenado pelo doutor Gino Bastos.

De 2014 a 2016 – Dirigi Oficinas de Artes Cênicas no SESC Campos.

De 2015 a 2017 produzi o Sarau Baião de Dois – no SINASEFE em Campos dos Goytacazes –RJ

Em 2015 fui homenageado no Psiu Poético – em Montes claros-MG – evento coordenado pelo poeta Aroldo de Oliveira

Em 2018 fui um dos poetas convidados para o Transe Poéticas- Festival de Poesia de Brasília-DF – projeto idealizado pelo ator e poesia Adeilton Lima - realizado no Museu da República.

Em 2018 e 2019 lecionei Poéticas no Curso Livre de Teatro da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima em Campos dos Goytacazes-RJ

Em 2019 produzi duas edições do evento Balbúrdia Poética – realizado na Taberna de Laura –Em Copacabana – Rio de Janeiro-RJ

Desde 2020 em parceria com Tchello d ´Barros realizo na página Fulinaíma Produção Áudiovisual o Festival Cine Vídeo de Poesia Falada.

Em 2021 fiz a curadoria da Mostra Cine e Vídeo de Poesia Falada realizada pelo SESC-Piracicaba.

Em 2021 – participei da Mostra de Vídeopoemas do projeto Arte de Toda Gente – produzido pela Fio Cultural - com curadoria de Tchello d´Barros – realizado pela FUNARTE.

Tenho poesias publicadas em revistas impressas e virtuais como Urbana, Dimensão, Cronópios, Germina, Acrobata, Poesia Avulsa, Catetê, Gueto, Mallarmargens, Escrita Droide, Ruído Manifesto, Literatura e Fechadura.

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Texto de Ademir Assunção - prefácio do livro Pátria A(r)mada de Artur Gomes

 


TRÊS TOQUES PARA PENETRAR NA NOITE ESCURA  DESTA

PÁTRIA A(R)MADA

1

Artur Gomes é daqueles poetas que não se contentam em grafar suas palavras apenas nas páginas de um livro. Ele inscreve seus poemas no próprio corpo, na própria voz. Misto de ator saltimbanco e trovador contemporâneo, seus versos ritmados e musicais redobram a força quando saltam do papel para a garganta. O CD Fulinaíma – Sax, Blues Poesia, que gravou em parceria  com os músicos Dalton Freire, Luiz Ribeiro, Naiman e ReubesPess, nos primórdios deste terceiro milênio, é uma das experiências mais bem-sucedidas da fusão entre poesia oralizada e música: os versos lancinantes surgem como navalhas de corte preciso entre os blues, bossas, rocks e baladas. Navalhas que acariciam, mas também cortam a pele do ouvinte.

Há delícia e dor em sua poética. Uma delícia sensual, sexual, que se explicita em versos como “poderia abrir teu corpo / com os meus dentes / rasgar panos e sedas // com as unhas /arreganhar as tuas fendas / desatar todos os nós // da tua cama arrancar os cobertores / rasgando as rendas dos lençóis”. Há dor por uma terra prometida e sempre adiada, “por uma bandeira arriada / num país que não levanta”. É

nesse espaço entre a delícia e a dor que o trovador levanta sua voz e emite seus brasões em alto e bom salto, a plenos pulmões: “eu não tenho pretensões de ser moderno / nem escrevo poesia pensando em ser eterno / veja bem na minha língua as labaredas do inferno / e só use o meu poema com a força de quem xinga”.

2

Cada poeta escolhe sua tribo, reinventa seus ancestrais. A tribo de Artur Gomes vem de uma vasta tradição de trovadores inquietos e inquietantes, hábeis no trato do verso e ferinos no uso do humor, do amor e da revolta. Uma linhagem que vai de Arnaut Daniel a Zé Limeira e passa por Oswald de Andrade, Torquato Neto, Paulo Leminski e Uilcon Pereira, para listar alguns.

Cada poeta inventa também o território mítico onde mergulha sua poesia e sua própria vida. Alguns de maneira explícita, outros, mais velada. Há muitos anos surge na poesia de Artur o termo “Fulinaíma”, como uma Macondo espectral, que perpassa livros, sobe aos palcos, atravessa as faixas do CD. Seria um território de folias macunaímicas, uma terra de prazeres e ócios criativos, avessa ao eterno passado colonial que não conseguimos nunca superar, como o fantasma de antigos engenhos em que a “usina / mói a cana / o caldo e o bagaço // usina / mói o braço / a carne o osso // usina / mói o sangue / a fruta e o caroço // tritura suga torce / dos pés até o pescoço”?

3

Artur Gomes é também daqueles poetas que vivem reescrevendo seus poemas, reinserindo-os em outros contextos, reinventando “a poesia que a gente não vive”, aquela mesma que transforma “o tédio em melodia” - para relembrar Cazuza, outro bardo pertencente a mesma tribo. Quem acompanha sua trajetória errante e anárquica provavelmente vai identificar neste livro poemas já publicados em outros – porém, com modificações de tonalidades, de timbres, de intenções.

Se não é despropositado pensar que Dante Alighieri enxertou em sua Dívina Comédia inúmeras desavenças políticas, sociais e culturais de sua época e mandou para o inferno pencas de seus inimigos florentinos, é interessante perceber este Pátria A(r)mada reinventado no contexto deste Brasil que retrocedeu décadas depois do golpe político-jurídico-midiático deflagrado em 2016. Esses tempos passarão, é certo, mas este livro ficará – como um potente desconforto, um desajuste, um desconcerto desse mundo cão e chão. Se vale como trágica profecia – ao modo do cego Tirésias –, após um breve período de sonhos que mais uma vez não se cumpriram, os olhos abertos desses versos ecoarão nos ouvidos de muitos e cortarão a carne de tantos: “ó, baby, a coisa por aqui não mudou nada / embora sejam outras siglas no emblema / espada continua a ser espada / poema continua a ser poema”.

 

Ademir Assunção – poetaescritorjornalista e letrista de música brasileira. Autor de livros de poesia, ficção e jornalismo, venceu o Prêmio Jabuti 2013 com A voz do Ventríloquo (Melhor Livro de Poesia do ano). Poemas e contos de sua autoria foram traduzidos para o inglês, espanhol e alemão, e publicados em livros e revistas na Argentina, México, Peru e EUA.

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