domingo, 19 de abril de 2020

Fernando Andrade - EntreVista



Fernando Andrade, 51 anos, é jornalista,  poeta, e crítico literário. Faz parte  do Coletivo de Arte Caneta Lente e Pincel. Participa também do coletivo Clube de leitura onde tem dois contos em coletâneas: Quadris no  volume 3 e Canteiro no volume 4 do Clube da leitura.   Colabora na revista literária Literatura e fechadura com resenhas de livros e cd's e entrevistas com escritores, poetas e músicos. Tem dois livros de poesia pela editora Oito e Meio,  Lacan Por Câmeras Cinematográficas e Poemoemetria , e Enclave ( poemas) pela Editora Patuá.   Seu poema "A cidade é um corpo" participou da exposição Poesia agora em Salvador e no Rio de Janeiro.  lançou em 2018,  seu quarto livro de poemas,  a perpetuação da espécie pela Editora Penalux. E acaba de lançar no final de 2019 seu primeiro livro de contos Logaritmosentido, editora Penalux.

Artur Gomes - Como se processa o seu estado de poesia?

Fernando Andrade - Em tempos de pandemia ao pé do ouvido num fio comprido de telefone.  Agora, antes... Pela conversa do verso diário com amigos. Pela palavra que anda solta, comprida neste Rio tanto de livrarias quanto de bares, lugares aliás, bom para início de um poema ou uma crônica. Muito na escuta prazerosa dos diálogos que o poeta vai recortando daqui ou acolá, um caso, uma anedota, acho que eu preciso agora é de testemunhos,  virar do avesso o bilhete, o recorte de jornal - esta rede social, até a piada desde que bem contada.

Artur Gomes - Seu poema preferido?

Fernando Andrade - Conversa com a pedra da Wilslawa Szymborska

Artur Gomes - Qual o seu poeta de cabeceira?

Fernando Andrade - Juan Gelman, amo, amor que serena, termina? 

Artur Gomes - Em seu instante de criação existe alguma pedra de toque, algo que o impulsione para escrever?

Fernando Andrade - os encontros com os amigos através tanto de uma caminhada no aterro, quanto o papo com teor da filosofia de bar.

Artur Gomes - Livro que considera definitivo em sua obra?

Fernando Andrade - O meu novo de contos,  Logaritmosentido, pela editora Penalux.

Artur Gomes - Além da poesia em verso, já exercitou ou exercita outra forma de linguagem com poesia?

Fernando Andrade - Adoro a arte de entrevistar pessoas sobre literatura.  E as narrativas curtas como contos onde podemos observar o peso do nocaute segundo Cortazar.

Artur Gomes - Qual poema escrevei quando teve uma pedra no meio do caminho?

Fernando Andrade - Foi um conto, recém publicado, "o gelo que não se derrete", inédito.

Artur Gomes - Revisitando Quintana: você acha que depois dessa crise virótica pandêmica, quem passará e quem passarinho?

Fernando Andrade - O relato voará com passarinho levando na boca da pena, a tinta do conto com tantos 
Pedros-pedras pelo caminho da humanidade. Há de termos aí histórias boas para narrar. Passará este surto (real) apocalipticos de sustos do facebook\ Tv  

Artur Gomes - Escrevendo sobre o livro Pátria A(r)mada, o poeta e jornalista Ademir Assunção, afirma que cada poeta tem a sua tribo, de onde ele traz as suas referências. Você de onde vem, qual é a sua tribo?

Fernando Andrade - Venho do curso do rio-Minas, que deságua numa linguagem introspectiva ou de um relevo de montanhas ou serras que (com) põe palavras. Sou da tribo da ressaca, trupe mambembe de escritores aqui Rio que percursa os bares de Botafogo, trocando dedos de prosa cotidiana e poetando pautas do dia a dia. 

Artur Gomes - Nos dias atuais o que é ser um poeta, militante de poesia?

Fernando Andrade - Ser um inutensílio, como dizia Leminski.

Artur Gomes - Que pergunta não fiz que você gostaria de responder?

Fernando Andrade - O que você foi fazer em Lavras, Minas?

Palavras

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