Fernando Andrade, 51 anos, é
jornalista, poeta, e crítico literário.
Faz parte do Coletivo de Arte Caneta
Lente e Pincel. Participa também do coletivo Clube de leitura onde tem dois
contos em coletâneas: Quadris no
volume 3 e Canteiro no volume 4 do Clube da leitura. Colabora na revista literária Literatura
e fechadura com resenhas de livros e cd's e entrevistas com escritores,
poetas e músicos. Tem dois livros de poesia pela editora Oito e Meio, Lacan Por Câmeras Cinematográficas e Poemoemetria
, e Enclave ( poemas) pela Editora Patuá. Seu poema "A cidade é um corpo"
participou da exposição Poesia agora em Salvador e no Rio de Janeiro. lançou em 2018, seu quarto livro de poemas, a perpetuação da espécie pela Editora
Penalux. E acaba de lançar no final de 2019 seu primeiro livro de contos Logaritmosentido, editora Penalux.
Artur Gomes - Como se processa o seu
estado de poesia?
Fernando Andrade - Em tempos de pandemia ao
pé do ouvido num fio comprido de telefone. Agora, antes... Pela conversa do verso
diário com amigos. Pela palavra que anda solta, comprida neste Rio tanto de
livrarias quanto de bares, lugares aliás, bom para início de um poema ou uma
crônica. Muito na escuta prazerosa dos diálogos que o poeta vai recortando
daqui ou acolá, um caso, uma anedota, acho que eu preciso agora é de
testemunhos, virar do avesso o bilhete,
o recorte de jornal - esta rede social, até a piada desde que bem contada.
Artur Gomes - Seu poema preferido?
Fernando Andrade - Conversa com a pedra da Wilslawa
Szymborska
Artur Gomes - Qual o seu poeta de
cabeceira?
Fernando Andrade - Juan Gelman, amo, amor que
serena, termina?
Artur Gomes - Em seu instante de
criação existe alguma pedra de toque, algo que o impulsione para escrever?
Fernando Andrade - os encontros com
os amigos através tanto de uma caminhada no aterro, quanto o papo com teor da
filosofia de bar.
Artur Gomes - Livro que considera
definitivo em sua obra?
Fernando Andrade - O meu novo de
contos, Logaritmosentido, pela editora
Penalux.
Artur Gomes - Além da poesia em
verso, já exercitou ou exercita outra forma de linguagem com poesia?
Fernando Andrade - Adoro a arte de
entrevistar pessoas sobre literatura. E
as narrativas curtas como contos onde podemos observar o peso do nocaute segundo
Cortazar.
Artur Gomes - Qual poema escrevei
quando teve uma pedra no meio do caminho?
Fernando Andrade - Foi um conto, recém
publicado, "o gelo que não se derrete", inédito.
Artur Gomes - Revisitando Quintana:
você acha que depois dessa crise virótica pandêmica, quem passará e quem
passarinho?
Fernando Andrade - O relato voará com
passarinho levando na boca da pena, a tinta do conto com tantos
Pedros-pedras
pelo caminho da humanidade. Há de termos aí histórias boas para narrar.
Passará este surto (real) apocalipticos de sustos do facebook\ Tv
Artur Gomes - Escrevendo sobre o
livro Pátria A(r)mada, o poeta e jornalista Ademir Assunção, afirma que cada
poeta tem a sua tribo, de onde ele traz as suas referências. Você de onde vem,
qual é a sua tribo?
Fernando Andrade - Venho do curso do
rio-Minas, que deságua numa linguagem introspectiva ou de um relevo de
montanhas ou serras que (com) põe palavras. Sou da tribo da ressaca, trupe mambembe
de escritores aqui Rio que percursa os bares de Botafogo, trocando dedos de
prosa cotidiana e poetando pautas do dia a dia.
Artur Gomes - Nos dias atuais o que
é ser um poeta, militante de poesia?
Fernando Andrade - Ser um inutensílio,
como dizia Leminski.
Artur Gomes - Que pergunta não fiz
que você gostaria de responder?
Fernando Andrade - O que você foi fazer em
Lavras, Minas?
Palavras
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