SampleAndo
o poema pode ser um beijo em tua boca
carne de maçã em maio
um tiro oculto sob o céu aberto
estrelas de neon em Vênus
refletindo pregos no meu peito em cruz
na paulista consolação na água branca barra funda
metal de prata desta lua que me inunda
num beijo sujo como a estação da luz
nos vídeos.filmes de TV
eu quero um clipe
nos teus seios quentes
uma cilada em tuas coxas japa
como uma flecha em tuas costas índia
ninja, gueixa eu quero a rota teu país ou mapa
teu território devastar inteiro
como uma vela ao mar de fevereiro
molhar teu cio e me esquecer na lapa
Artur Gomes
Juras Secretas
Editora Penalux – 2018
disponível para compra em www.editorapenalux.com.br/loja/juras-secretas
o poema as vezes é sabre
lâmina fina como o vento
ou folhas suspensas
sobre um verde
quase água
quase pluma
levita sobrevoa se espraia
na voragem do dia
como os dedos da moça
ao atiçar o clic
no instante exato da fotografia
Artur Gomes
www.fulinaimicamente.blogspot.com
Alice
para Alice Melo Monteiro Gomes
A música está no bico dos pássaros
na pétala da lamparina
no caracol dos teus cabelos
no movimento dos músculos
no m das tuas mãos
nada mais sagrado
do que teus olhos acesos
para me iluminar na escuridão
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux - 2020
https://secretasjuras.blogspot.com/
BolivariAndo
neste porto Cavajarro
por onde o vale Vierro
ela mastiga meus ponteiros
com o seu relógio de zinco
no dela são nove horas
no meu são nove e quarenta cinco
não temos horas marcadas
para o encontro do desejo
em nossas vidas – o despejo
em nossos corpos - desalinho
eu tenho fome de beijos
ela tem sede de vinho
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
Editora Penalux - 2020
https://secretasjuras.blogspot.com/
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
no improviso do repente
do som dessa palavra
nasce uma outra palavra
fulinaimicamente
Artur Gomes
leia mais no blog
https://fulinaimicamente.blogspot.com/
Beatriz a Faustino
pudesse eu divagar pelos teus poros
bosque do teu reino entre teus pelos
mergulhar contigo o mar da fonte
atravessar da carne a pele a ponte
penetrar no orgasmo dos teus selos.
pudesse eu cavalgar por tuas crinas
no dorso cavalar onde deflora
deixando assim então de ser menina
e me tornar mulher por toda sina
no inferno céu da tua hora
Federika Bezerra
www.secretasjuras.blogspot.com
era uma vez um mangue por onde andará macunaíma na sua carne no seu sangue na medula no seu osso será que ainda existe algum vestígio de macunaíma na veia do seu pescoço?
https://ciadesafiodeteatro.blogspot.com/
Em 1980 escrevi e publiquei a primeira edição do livro O
Boi-Pintadinho com prefácio de Osório Peixoto. Logo depois
seus textos, poemas e letras de cantorias foram adaptadas para o Auto do
Boi-Pintadinho – Teatro de Rua - que até 1987 percorreu as ruas,
praças, becos, quadras de esportes e estádios de futebol em Campos dos
Goytacazes.
No elenco para a sua primeira incursão pelas ruas, foi
formado por alguns alunos da Oficina de Teatro da ETFC, alguns componentes da
Banda Marcial e algumas pessoas envolvidas com Teatro na cidade, como: Pavuna,
Ferrugem, Guilherme Freitas, Amauri Joviano, e Gina Ruelles. Além da rua, em
1980 fizemos também uma apresentação no Teatro de Bolso, tendo com trilha
sonora a música Admirável Gado Novo, de Zé Ramalho. A partir de 1981, todo
elenco passou a ser formado por alunos e alunas da Oficina de Teatro da ETFC.
Em 1981, com Boi-Pintadinho, parceria com Paulo Ciranda,
vencemos o Festival de Música de Miracema-RJ.
Em 1987, em homenagem a Eleição de Luciano D´Ângelo para
a direção da Escola, encenamos no Ginásio de Esportes a Ciranda do Boi Cósmico,
com alguns elementos em sua concepção criados pelo professor, Marcos
Maciel, no laboratório de eletrotécnica e um cenário de lâminas de
papel krafit criado por Genilson Soares, os famosos pênis voadores, que desciam
do teto do Ginásio até o chão, o que levou alguns funcionários e
professores, a entrarem em estado de surto.
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