Artur Gomes
Poeta. Ator – Produtor
Cultural - Vídeo Maker
RG 068.323.72-4 - CPF 812.680.097-68
Desde 2018 é professor do Curso Livre de Teatro na
Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima - em Campos dos Goytacazes
2019 - Vencedor do Festival Cine Mosquito
na Categoria Cine.Poética com o curta Atafona Pontal Grussaí.
Trajetória com Arte MultiLinguagens
De 1975 a 2002 foi Coordenador da Oficina de Artes
Cênicas da ETFC e CEFET-Campos-RJ
De 2011 a 2012 foi Coordenador do
Laboratório de Cinema do IFF – Instituto Federal Fluminense – Campos-RJ
Em 2013 – foi um dos artistas
integrantes do V Circuito Cultural de Arte Entre Povos
Em 2014 – Dirigiu Oficina de Teatro
no SESC Campos-RJ – com a montagem dos espetáculos Multi Mídia: Nos Tempos da
Foto Novela e Uma Noite de Natal
Em 2015 - dirigiu no SESC Campos-RJ
Oficina de Teatro para montagem em novembro do espetáculo: Waterkis – Selecione
Água.
Em 2016 - Dirigiu no SESC Campos – Oficina de Artes Cênicas – O
Espelho – tendo como pano de fundo o universo surrealista do dramaturgo
Espanhol Fernando Arrabal.
Em 2015 - Apresentou performance
poética no FestSolos II - Teatro
Municipal de Cabo Frio-RJ
Em 2016 - Apresentou performance
poética no Poesia de Cena - Teatro
Municipal de Cabo Frio-RJ
Em 2018 apresentou a performance
poética musical Sax Blues Poesia no
Teatro de Bolso - Campos dos Goytacazes-RJ
Em 2018 - foi uma das atrações do I
Festival de Poesia de Brasília - Transe
Poéticas - no Museu da República
Em 2019 - Apresentou a performance
poética Juras Secretas - no Psiu
Poetico - Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais - Belo
Horizonte-MG
Em 2019 - Apresentou a performance Juras Secretras - na Usina 4 - Casa das
Artes - dentro da programação do Festival Cine Mosquito - em Cabo Frio-RJ
Em 2019 dia 23 de maio - lançou em São
Paulo - o seu décimo quinto livro: Pátria
A(r)mada - no Café Bar e Livraria Patuskada - Rua Luis Murat, 40 - Vila
Madalena-SP
Em 2019 dias 14, 15 e 16 de
junho foi mais uma vez uma das atrações do FestSolos - na Usina 4 - Casa das
Artes - em Cabo Frio-RJ
Um Trajetória Multi Mídia da Poesia ao Audiovisual - 1973 a 2019
meu coração marçal tupã
sangra tupy & rock and roll
meu sangue tupiniquim
em corpo tupinambá
samba jongo maculelê
maracatu boi bumbá
a veia de curumim
é coca cola e guaraná
Artur Gomes - Poeta
livros:
Um Instante
no Meu Cérebro – 1973
Mutações em
Pré-Juízo - 1975
Além da Mesa
Posta – 1977
Jesus Cristo
Cortador de Cana – 1979
Boi
Pintadinho – 1980 -
1981 – Prêmio MEC
Carne Viva - Antologia de Poesia Erótica - org. Olga Savary - 1984
Suor &
Cio - 1985
Couro Cru
& Carne Viva - 1987
20 Poemas
com Gosto de JardiNÒpolis & Uma Canção com Sabor de
Campos - 1990
Conkretude
Versus ConkrEreções - 1994
CarNAvalha
Gumes – 1995
Do Requinte
do Lírico Ao Delicado do Erótiko – 1995 – Livro Criado na Oficina de Poéticas Gráfico
Visuais – Dirigida por Sebastião Nunes no Festival de Inverno de Ouro Preto –
UFMG
Desde 1990
tem poemas publicados na Antologia Poetas do Brasil, organizada por Ademir
Bacca – Ed. Graffitti-RS
Brazilírica
Pereira: A Traição das Metáforas – 2000
Em 2002
lançou o CD Fulinaíma Sax Blues Poesia, com osparceiros Dalton Freire,
Luiz Ribeiro, Naiman e Reubes Pess.
SagaraNAgens
Fulinaímicas - 2015
Juras
Secretas - Editora
Penalux - 2018
Pátria A(r)mada - Desconcertos Editora - 2019
O Poeta Enquanto Coisa - Editora Penalux - 2020
inéditos - O Homem Com A Flor Na Boca e Da Nascente A Foz - Um Rio de Palavras
2011 – Tem poemas publicados na
Antologia Internacional Eco Arte Para Re-Encantamento do Mundo – Organizada
pela Bióloga Michelle Sato, e Editada
pela Universidade Federal d Mato Grosso
2012 – Tem poemas publicados na
Revista Coyote, uma das principais revistas de literatura publicadas no Brasil,
com patrocínio do MINc – Editada por Ademir Assunção e Rodrigo Garcia Lorca em
Londrina-Paraná.
Tem poemas também
publicados nas Revistas Digitais : Cronópios, Germina, Gueto, Literatura & Fechadura, Ruído Manifesto e Mallarmargens.
Trajetória
com Produção Cultural
1974 - Autor da Canção Caminho de Paz, em parceria com
Paulo Ciranda, vencedora do IV Festival de Música de São Fidélis
1975 – Autor da Canção Ponto de Luz, em parceria com
Vítor Meireles e Bento Mineiro, vencedora do II Festival de música do Sesc Campos
De 1975 a 2002 Coordena Oficina de Artes Cênicas na Escola
Técnica Federal de Campos e Cefet-Campos
De 1986 a 1990 coordena o Grupo de Atividades Culturais da
Escola Técnica Federal de Campos.
1975 – 1976 - Escreve, atua e dirige Judas o Resto da Cruz,
encenada no Sesc, com alunos da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica
Federal de Campos
1976 - Escreve, atua e
dirige 25 Anos de Sonho e Sangue,
encenada no Sesc-Campos, tendo como parceiro de palco Jorge Pessanha Santiago,
hoje doutor em Antropologia e Professor na Universidade de Lion na França
Autor da Canção Balada Pros Mortais em parceira com Paulo
Ciranda, vencedora do Festival de Música de Itaocara-RJ e do Festival
Universitário realizado na Ses-Rio em 1977.
1976 – Trabalha como ator
em Avatar, texto de Paulo Afonso Grisoli, com direção de Orávio
de Campos Soares, encenada no Sesc Campos.
1977 – Trabalha como como ator no Auto de São Salvador,
com texto que narra a criação da Vila de São Salvador, escrito e dirigido por
Winston Churchil Rangel, encenação que acontece no Ginásio de Esportes da
Escola Técnica Federal de Campos.
1978 – autor de Canta Cidade Canta, poema vencedor do II
Festival de Poesia de Campos dos Goytacazes-RJ
1979 – Escreve atua e dirigiu Jesus Cristo Cortador de Cana,
auto-popular, encenada com alunos da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica
Federal de Campos
Autor de Poema Para o Povo em Tempo de Abertura, poema
vencedor do III Festival de Poesia de Campos
1980 – Escreve, atua e
dirige O Boi-Pintadinho, espetáculo que percorre as ruas, avenidas e
praças da cidade, tendo no elenco atores amadores de Campos dos Goytacazes,
inclusive a atual prefeita Rosinha Garotinho.
Autor da Canção Boi-Pintadinho, em parceria com Paulo
Ciranda, vencedora do Festival de Música de Miracema-RJ - 1981.
1981 - Encena O Boi
Pintadinho com alunos da Oficina de Artes Cênicas e alunos da Banda Marcial
da Escola Técnica Federal de Campos, com apresentações em várias cidades do
Estado do Rio de Janeiro.
1982 – Autor da Canção Fotografia Urbana, em parceria com
Paulo Ciranda, vencedora do Festival dos Festivais – Itaocara-RJ
1983 – Cria o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira
– com exposições das mais diversas linguagens da poesia contemporânea, além da
utilização de performances poéticas e multi mídia para expor os poemas dos mais
diversos poetas brasileiros. Este projeto percorre todo o Estado do Rio de
Janeiro de 1983 a 1992 com pelo menos uma Edição Anual.
1984 – Tem poemas publicados ao lado de Carlos Drummond de
Andrade, Affonso Romano Santana, Ferreira Gullar e mais 73 poetas
contemporâneos, na Antologia Carne Viva, organizada por Olga Savary e
editada pela Editora Anima do Rio de Janeiro.
1985 – Realiza o recital solo Suor & Cio com poemas
do livro homônimo no Bar Doce Bar em Campos e no Clube do Livro em Ipanema-Rio.
Participa em JardiNÓpolis-SP do Encontro de Escritores,
onde além do recital Suor & Cio, escreve poema para o livro
20 Poemas com Gosto de JardiNÓpolis & Uma Canção com Sabor de Campos. Em
JardiNÓpolis, conhece o então aluno de jornalismo Ricardo Pereira Lima, que vai
se tornar um de seus grandes parceiros na Editora Makondo.
1986 – Realiza a Mostra Visual de Poesia Brasileira em
Miracema, Macaé e na Universidade Federal Fluminense em Niterói-RJ com o
lançamento do Movimento Vista-se de Poesia, com poemas impressos em
camisetas que serão expostos e consumidos, durante todo o verão de 1987 na praia de Ipanema-RJ
De 1986 a 1987 – Assessora a Professora Diva Abreu no Departamento
Municipal de Cultura de Campos e realiza um Edição da Mostra Visual de
Poesia Brasileira em homenagem ao poeta Manuel Bandeira, focando a sua
poesia e exibindo uma Exposição de Caricaturas criada pelo artista gráfico
carioca Jorge de Salles.
1987 - Cria a Ciranda do Boi Cósmico, que estreia na posse de Luciano
D´Angleo, primeiro Diretor eleito da
Escola Técnica Federal de Campos.
Realiza encenações no Ginásio de Esportes, tendo como cenário uma
gigantesca exposição de artes visuais criada pelo ex-aluno Genilson Soares, além de
percorrer as ruas, praças e avenidas da cidade, com elenco formado por alunos
da Oficina de Artes Cênicas e da Banda Marcial.
O corpo do Boi Cosmico foi
construído com uma estrutura de metal e fragmentos reciclados nos laboratórios
de Mecânica e Eletrotécnica, e era re-vestido
de poesia impressa em um pano por sistema de serigrafia, técnica que
utilizava para espalhar poesia pelo brasil.
Profissão:
Meu ofício é de poeta
Pra rimar poema e blusa
E ficar em tua pele
Pelo tempo em que me usa
1987 – Encena com os alunos da Oficina de Artes Cênicas da
Escola Técnica Federal de Campos o happening Ensaio 27, composto por
poemas de Carlos Drummond de Andrade, este projeto vai se desdobrar em Poesia
NU Vermelho, exposição que se realiza no Bar Vermelho no mesmo ano de 1987,
e posteriormente na Praia de Farol de São Tomé durante o verão de 1989.
1987 - Lança com performance dos pintores Genilson Soares e Nilson
Siqueira, o livro Couro Cru &
Carne Viva, no Espaço Cultural Arte Nativa, em Campos dos Goytacazes.
1987 - Atua na Comissão de Organização do Seminário – Brasil: Uma
Cultura em Questão, realizado pela UBE-SP, Funarte e Secretaria
Estadual de Cultura de São Paulo, realizado na cidade de Batatais-SP, onde
apresenta em bares, praças, escolas e Teatro Municipal o recital solo Couro
Cru & Carne Viva.
1987 - Realiza o Recital Solo Couro Cru & Carne Viva, na
União Brasileira de Escritores em são Paulo, onde conhece o cineasta Guilherme
Almeida Prado, (diretor de A Dama do Cine Shangai), com quem faz Oficina de
Criação de Roteiro, no Departamento de Cinema, da Secretaria Estadual de
Cultura de São Paulo.
1988 – Cria o projeto - Brasil
100 Anos de Abolição – com mesa redonda realizada na Escola Técnica Federal
de Campos e encenação do espetáculo de teatro.poesia A Cor da Pele, com
poemas do livro homônimo, do poeta mineiro Adão Ventura, tendo no elenco alunos
da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica Federal de Campos,
1988 - É um dos poetas convidados para a Festa da Poesia, organizada pelo poeta Marcio Almeida, realizada em Oliveira-MG
Posteriormente
apresenta o recital solo, A Cor da Pele, no Teatro Francisco Nunes em
Belo Horizonte-MG.
1988 - A convite da Doutora Hygia Calmon Ferreira, realiza o
recital solo Couro Cru & Carne Viva, na UNESP em São José do Rio
Preto e fala sobre a Obra teatral de Oswsald de Andrade, com destaque para os
textos A Morta e O Rei da Vela.
1988 - Realiza o solo Couro Cru & Carne Viva, pelos
circuitos de bares de Ribeirão Preto-SP, onde é filmado pelo cineasta Ricardo
Pereira Lima, para o seu trabalho de conclusão do curso de jornalismo na UNAERP
1989 – Assume a Direção do Departamento de Projetos Especiais da
Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima e coordena o Encontro Nacional de Poesia Em Voz Alta, até 1990.
1989 - Dirige 9 alunas da Escola de Serviço Social da UFF-Campos, no
espetáculo teatral Jesus Cristo Cortador de Cana, tendo com ator principal Eugênio Soares, com o objetivo
dar enfoque ao trabalho de conclusão de pesquisa de campo realizada pelas
alunas para os seus respectivos TCC. A Encenação tem no elenco também alunos
da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica Federal de Campos.
1990 – Lança em JardiNÒpolis-SP com uma performance poética, o
seu livro 20 Poemas com Gosto de JardiNÓpolis & Uma Canção com Sabor de
Campos. - Editora Makondo
1990 - Realiza
o recital solo 20 Poemas com Gosto de JardiNÓpolis & Uma Canção com
Sabor de Campos, no Bar Cantinho do Poeta, em Campos dos Goytacazes-RJ.
1990 - Encena
com alunos da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica Federal de Campos um
happening teatral na entrada da Biblioteca para inauguração do painel de Genilson
Soares, um ex-aluno da Escola.
1990 - Atua na Comissão de Organização do Seminário: Cultura e
Resistência, realizado pela UBE-SP, Funarte e Secretaria Estadual de
Cultura de São Paulo, na cidade de Registro-SP, onde escreve e encena
pela primeira vez o recital solo EntriDentes, dedicado a sua musa Mariana de Piracicaba
1991 – A convite da Doutora Hygia Calmon Ferreira, dirige
Oficina de Criação Literária na UNESP em São José do Rio Preto, onde transforma
em happening o recital solo Entridentes e encena com os alunos da
Oficina.
1992 – Realiza a IX Mostra Visual de Poesia Brasileira na
Faculdade de Filosofia de campos-RJ.
1992 - A convite de alunos da Faculdade de Letras, volta a dirigir Oficina de Criação
Literária na UNESP, em São José do Rio preto-SP e encena o happening
teatral SagaraNAgens Fulinaímicas, criado com fragmentos de textos do
livro Sagarana, de João Guimarães Rosa.
1992 - A convite da poeta Dalila Teles Veras, realiza Recital e Dirige Oficina de Criação de Poesia, no
Espaço cultural Alpharrabio, em Santo André-SP, na comemoração do seu primeiro aniversário.
1993 – De março a agosto realiza pesquisa sobre a obra de Mário
de Andrade, na ECA, Escola de Comunicação de Arte da USP, sob a orientação de Uilcon
Pereira.
1993 – Em parceria com o Grupo de Livre Espaço de Poesia
idealiza o Projeto: Mostra Visual de Poesia – Mário de Andrade 100 Anos.
Realizado pelo Sesc-SP o projeto é apresentado no Sesc São Caetano, no Centro
Cultural da Ligth em São Paulo, no Colégio Singular, no Espaço Cultural Alpharrabio e no Bar Porto das Garrafas em Santo André,
sendo escolhido pela APCA(Associação Profissional de Críticos de Arte) como o
Evento Cultural do Ano.
O
projeto é composto por exposições de poesia contemporânea Os Amigos de Mário.
Performances de teatro.poesia: Paulicea Desvairada, com poemas do livro
homônimo e ReVirando a Tropicália, encenadas por Artur Gomes e Mônica
Cardella. Mesas redondas com José Miguel Wisnik, Uilcon Pereira e Dalila Teles
Veras, enfocando a poesia e as pesquisas de Mário de Andrade sobre a música
brasileira, além de show do cantor curitibano Carlos Careqa.
1993 - Depois
de São Paulo a Mostra Visual de Poesia Brasileira – Mário de Andrade
100 Anos é apresentada na Escola Técnica Federal de Campos e na Faculdade
de Filosofia de Campos c0m as respectivas exposições, a performance Paulicea
Desvairada e um happening poético com o professor de comunicação Moacy Cirne, na época diretor do
Instituto de Artes da UFF
1994 –
Realiza no Espaço Cultural Alpharrabio a performance EuGênios, tendo
como parceiro de palco o genial ator/cantor curitibano Carlos Careqa, que
além de poder ser ouvido em seus maravilhosos CDS, pode ser visto hoje na TV ao lado da atriz
Marieta Severo, fazendo um comercial do Hiper Mercado Walmart.
1994 - Cria o
projeto Retalhos Imortais do SerAfim – Oswald de Andrade Nada Sabia de
Mim, uma re-leitura do livro Serafim Ponte Grande, de Oswalde de
Andrade, com exposições de poemas gráfico.visuais, teatro.poesia, workshops,
mesas de debate e vídeo.poesia
Encena
pela primeira vez a performance Retalhos Imortais do SerAfim, na Escola
Técnica Federal de Campos, tendo em cena os alunos da Oficina de Artes Cênicas,
Rey de Souza, Clarice Terra e Magda de Friburgo.
1995 –
De março a setembro realiza pesquisa sobre a obra poética de Oswald de Andrade
na UNICAMP, com foco no seu poema Cântico dos Cânticos Para Flauta e
Violão, orientado pela doutoranda em dança, Nirvana Marinho, hoje bailarina
do Corpo de Baile da Cidade de Lion – França
1995 - Expõe
os poemas gráfico.visuais do Projeto Retalhos Imortais do SerAfim – Oswald
de Andrade Nada Sabia de Mim, na Casa Guinard, durante o Festival de
Inverno de Ouro Preto, realizado pela UFMG e encena a performance de
teatro.poesia tendo em cena Rey de Souza e Clarice Terra, seus alunos na
Oficina de Artes Cênicas da ETFC.
1995 - Durante
da programação do Festival que aconteceu de 8 na 25 de julho, faz Oficina de
Criação de Poéticas Gráfico Visuais: Do Requinte do Lírico ao Delicado
do Erótico, dirigida pelo escritor mineiro,
Sebastião Nunes. Um exemplar do livro criado encontra-se na Biblioteca
da Universidade Federal de Minhas Gerais e um outro foi presenteado a Bilioteca
da ETFC.
Em
outubro o Projeto Retalhos Imortais do SerAfim é realizado pelo Sesc-SP
nas Unidades da Consolação, São Caetano, Carmo, Campinas e São José do Rio
Preto. Com a exposição de poemas gráfico.visuais Os Órfãos de Oswald, mais
workshops e mesas de debate, com Uilcon Pereira, Philadelpho Meneses e Dalila
Teles Veras. A performance de teatro.dança.poesia, passa a ter em seu elenco
além dos alunos da Oficina de Artes Cênicas da Escola Técnica Federal de
Campos, Rey de Souza e Clarice Terra, passa a contar com a bailarina e
coreografa Nirvana Marinho. Posteriormente a performance foi encenada na Escola
Técnica federal de Campos
1996 –
Escreve, atua e dirige em Campinas o espetáculo de dança.poesia CarNAvalha
Gumes, ao lado da bailarina Nirvana Marinho, com coreografia criada
e interpretada por ela, para o poema Cântico dos Cânticos para Flauta
e Violão. O espetáculo foi apresentado no Café de La Ricoletta.
1996 - Cria em
Santo André a Escolinha Alpharrabio de Teatro Infantil, e dirige a peça O
Cavalinho Azul, de Maria Clara Machado, com os 25 alunos da Escolinha,
tendo na direção musical o seu parceiro Naiman. Além de apresentações no
próprio Espaço Cultural Alpharrabio, a peça é encenada no Sesc São Caetano e
Sesc Carmo em São Paulo.
1996 - A convite do poeta, jornalista e produtor cultural Ademir Antônio Bacca, faz perforamnces e dirige Oficinas no IV Congresso Brasileiro de Poesia, realizado em Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul. Neste
primeiro ano expõe na Galeria do Sesc os poemas.gráfico.visuais Retalhos
Imortais do SerAfim, e realiza no Auditório do Sesc e nas Escolas o recital
solo com o poema Cântico dos Cânticos Para Flauta e Violão.
Dirige
Oficina de Teatro Infantil no Colégio Medianeira e Oficina de Poesia Falada na
Escola Técnica Federal de Bento Gonçalves-RS
1996 - Selecionado
pelo crítico paulista Cláudio Willer, é um dos 50 poetas presentes no Projeto Poesia
96, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com curadoria da poeta Eunice Arruda. Sua
performance acontece na Oficina Cultural de Santo Amaro e no Centro Cultural de
São Paulo, tendo como seu apresentador o Doutor em Estética da Arte Uilcon
Pereira, onde exibe pela primeira vez este poema dedicado ao Mestre, que
viria a ser publicado posteriormente em 2000 no livro Brazilírica Pereira: A
Traição das Metáforas.
quem és
tu:
Uilcon
Pereira
que
foste fazer na Sorbonne
ter
aulas com Sartre
ou
cantar a Simone
?
torquato
era um poeta que amou a ana
leninski
profeta que amou alice
um dia
pós veio uilcon torto
pegou a
jóia diana
juntou
na pereiralice
como o
corpo e alma das duas
vou
bovoir assombrdado
pra lá
de frança ou bahia
roendo
o osso do mito
pois
tudo que Sartre dizia
o anjo
jurou já ter dito
:
NONADA
Biúte
ria
1997 - Realiza em parceria com Juliana Stefani, a performance LeminskiArte Em Cena na inauguração do Bar Cachorro Louco, na Cidade Alta, em Bento Gonçalves-RS
1997 –
Cria e Dirige no Cefet-Campos em Parceria com Beth Rocha o espetáculo de teatro
e canto-coral: O Dia que a Federal Soltou a Voz e Criou um Coro de 67
Vertebrados, colocando 67 alunos da Oficina de Artes Cênicas e do Coral em
cena. Pela primeira vez utiliza um cenário Virtual, com imagens captadas na
Usina de Santa Cruz, mostrando o processo da fabricação o açúcar, da entrada da
cana na moenda até a finalização do açúcar sendo ensacado para ser
comercializado.
1997 - Durante
o Festival de Inverno de Ouro Preto faz Oficina Multi Arte, com o ator e
cantor e performer mineiro, Alexandrino DuCarmo que vive em New York desde os
anos 80.
1997 - Assume
a coordenação de Oficinas de Arte Cênicas no Cefet Campos, quando Arte passa a
ser parte do Currículo Escolar de estudantes de Ensino Médio.
1998 –
Cria no Cefet-Campos o projeto: Brecht Com 100 – em comemoração ao
centenário do dramaturgo alemão Bertold Brecht. Encena com os alunos da Oficina
de Artes Cênicas, o espetáculo teatral Brecht Versus Suassuna, colocando
no palco o texto O Mendigo e o Imperador, de Bertold Brecht e fragmentos
da peça O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
Encena
ainda com alunos da Oficina, pelos corredores do Cefet e na Faculdade de
Odontologia de Campos, o happening Mendigos Jantam Brecht, título que posteriormente em 2008 ele vai dar a um dos vídeos de sua
produção, filmado em Campos com trilha sonora do músico paulista Edvaldo
Santana, que foca a situação de moradores das ruas paulistanas.
1999 –
Assume a Direção do Departamento de Projetos Especiais da Fundação Cultural
Jornalista Oswaldo Lima, retoma a coordenação do Concurso Nacional de Contos
José Cândido de Carvalho, que estava desativado, dirige Oficinas de Criação
de Poesia, e cria O FestCampos de
Poesia Falada, que coordena até 2004.
Em suas
duas primeiras edições o Festival foi realizado no Auditório Cristina Bastos no
Cefet-Campos. Com a participação cada
vez maior de poetas de todos os Estados Brasileiros. A partir de 2003 passa a ser realizado no Palácio da Cultura.
2000 –
Cria no Cefet-Campos o projeto: CaraVelas ao Vento: -
Brasil - Outros Quinhentos, com
exposição de poemas visuais e encenação com os alunos da Oficina de
Artes Cênicas a peça Calabar, de chico Buarque e Ruy Guerra.
2000 - Dirige
Oficina de Interpretação de Poesia no Cefet-Bento Gonçalves, expõe poemas
visuais na Galeria do Sesc Bento-Gonçalves-RS e interpreta fragmentos dos poemas
da peça Calabar, durante toda a programação do VIII Congresso Brasileiro de Poesia.
Atua na
Comissão de Organização da Iª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes,
realizada pela Fundação Cultural Oswaldo Lima nas dependências do Cefet-Campos.
Estreia
na Bienal o show Fulinaíma Sax Blues Poesia, tendo como parceiros de
palco os músicos Luiz Ribeiro e Dalton Freire.
2001 –
Dirige no Cefet-Campos com alunos da Oficina de Artes Cênicas, Seis Personagens
a Procura de Um autor, de Luigi Pirandello
Inicia
com alunos da Oficina de Artes Cênicas do Cefet-Campos, estudo das peças A
Prostituta Respeitosa, de Sartre. O
Santo Inquérito e O Pagador de Promessas, de Dias Gomes
2001 - Dirige
Oficina de Interpretação de Poesia no Cefet-Bento Gonçalves-RJ e apresenta o
recital solo ReVirando a Tropicália, com poemas de Torquato Neto e Paulo
Leminski na edição do IX Congresso Brasileiro de Poesia.
Apresenta
o show Fulinaíma Sax Blues Poesia durante a realização do III FestCampos
de Poesia Falada, na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, tendo como
parceiros de palco os músicos, Luiz Ribeiro, Danton Freire, Naiman e Reubes
Pess.
2002 – Lança o CD Fulinaíma Sax
Blues Poesia, com os parceiros Luiz Ribeiro, Naiman, Dalton Freire e Reubes
Pess, com um show na Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, durante a
realização do IV FestCampos de Poesia Falada. O show conta ainda com a participação especial do guitarrista
carioca Fil Buc. Posteriormente este show é apresentado na II Bienal do Livro
de Campos e no Sesc-Campos.
2002 - Apresenta recital solo com os poemas
do CD Fulinaíma Sax Blues Poesia acompanhado do músico Naiman, durante a
programação do X Congresso Brasileiro de Poesia em Bento Gonçalves-RS.
Dirige Oficina de Criação de Poesia
no Colégio Medianeira e no Cefet-Bento Gonçalves.
2002 - Dirige com alunos da Oficina de Artes
Cênicas do Cefet-Campos, o espetáculo teatral Retalhos Imortais do SerAfim,
costurando textos seus com fragmentos das peças O Pagador de Promessas,
de Dias Gomes e A Prostituta Respeitosa, de Sartre. E cria para esta
encenação a personagem: Clarice/Beatriz, inspirada na obra de Clarice Lispector
e Oswald de Andrade. Uma ex-aluna que atuou nesta montagem, Emanuele Goulart, é hoje Engenheira
Mecânica e funcionária do IFF Campus-Guarus.
Atua na Comissão de Coordenação da II
Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes, realizada pela Fundação Cultural
Jornalista Oswaldo Lima.
Cria no Sesc Campos, o evento Sesc
na Quarta Poesia Em Cena, cuja primeira Edição acontece durante a II Bienal
do Livro de Campos, com uma homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade. O
projeto se estende por 6 edições durante todo o ano de 2002 e culmina com uma
apresentação na sua última edição da filósofa e poeta Viviane Mosé, que
foi a grande vencedora do IV FestCampos de Poesia Falada.
Produz para o Sesc Campos a encenação
do espetáculo teatral Quando A Libido Ataca, com texto de Direção
de Dinho Valadares, professor de Artes Cênicas da UNI-Rio e diretor da Cia
Contemporânea de Teatro, do Rio de Janeiro.
Cria no Sesc Campos o projeto 22 -
Mário X Oswald 80 Anos Depois, com exposição do seu laboratório de criação gráfica, livro de
invenções que vinha construindo desde 1995 no projeto Retalhos Imortais do
SerAfim – Oswald de Andrade Nada Sabia de Mim, e o encontro no palco de
fragmentos do texto de O Rei da Vela, Oswald de Andrade, e Paulicea
Desvairada, Mário de Andrade.
2003 – Lança na Fundação Cultural
Jornalista Oswaldo Lima, o tabloide; O Coronel e o Lobisomem, com um
vasto material sobre José Cândido de
Carvalho. Dirige Oficina de Poesia Falada e Coordena a V Edição do FestCampos
de Poesia Falada.
Dirige Oficina de Criação e
Interpretação de Poesia no Sesc e no Cefet-Bento Gonçalves e apresenta o
recital solo com poemas de Mário Faustino, durante a programação do XIII Congresso
Brasileiro de Poesia.
A Convite de Ademir Bacca, realiza recital solo com poemas de
Oscar Bertoldo, na cidade de Nova Roma do Sul-RS durante Semana Cultural
dedicada ao poeta gaúcho que além de poeta foi um padre queridíssimo na região
serrana.
2004 – Atua na Comissão de
Coordenação da III Bienal do Livro de Campos Goytacazes. Durante a programação
dirige mesa de debate com o poeta Ferreira Gullar e apresenta com banda o show Fulinaíma Outras Vozes Outras Falas, tendo
como parceiros de palco os músicos paulistas, Renato Gama, Ronaldo Gama,
Juninho Batucada, e o mineiro Naiman.
Coordena a V Edição do FestCampos de
Poesia Falada.
Dirige Oficina de Poesia Falada no
Sesc e no Cefet-Bento Gonçalves-RS. Apresenta o recital solo SagaraNAgens
Fulinaímicas, com poemas do seu livro inédito, durante a programação do XII Congresso Brasileiro de Poesia.
2005 – Selecionado pelo poeta,
jornalista e produtor cultural Ademir Assunção é uma das atrações do projeto Outros
Bárbaros – Poesia na Arte Mídia, onde apresenta com a banda fulinaíma, o
espetáculo multi mídia Fulinaíma Outras Vozes Outras Falas, no
Itaú Cultural em São Paulo, tendo como parceiros de palco os músicos: Renato
Gama, Ronaldo Gama, Juninho Batucada, Naiman e a carioca Joana Flor.
Incorpora de vez o áudio visual nas
suas performances poéticas, tendo no cenário virtual, imagens suas captadas
pelo cineasta Ricardo Pereira Lima, na Praça Pedro II e nas Lojas Americanas em
Ribeirão Preto, quando de sua estada por lá em 1988 e 1989.
Dirige Oficina de Poesia Falada no
Sesc Bento Gonçalves e apresenta o recital solo com poemas de Oscar Bertoldo,
durante a programação do XIII Congresso Brasileiro de Poesia.
Dirige Oficina de Criação Literária
no Sesc Campos
Apresenta na Casa de Cultura Laura
Alvim – no Rio de Janeiro – o Recital Poesia In Concert, ao lado do
poeta Affonso Romano de Santana e do cantor Pedro Luiz, com Direção de Rodrigo
Bittencourt e Maria de Resende.
2006 – Dirige Oficina de Poesia
Falada No Cefet-Bento Gonçalves, com o foco na poesia de Mário Quintana. Cria o
espetáculo Eles Passarão Eu Passarinho, que é apresentado na programação
do XIV Congresso Brasileiro de Poesia, no Teatro do Sesc, Cefet, Colégio Medianeira
e Colégio Cecília Meireles. tendo como parceira de palco May
Pasquetti a musa da Jura Secreta 16.
Realiza no Sesc Campos, com o artista
gráfico César Castro a exposição Wermmer Além da Alma, uma transpiração
gráfica recriando com poesia imagens da obra plástica do pintor.
Faz recital no Projeto Poesia na
Quarta Capa, dirigido por Jiddu Saldanha, no Centro Cultural da
Constituição - Rio de Janeiro
2007 – Inicia com o ator, mímico e
cineasta, Jiddu Saldanha no Ateliê D´Aroeira,
em Cabo Frio, suas pesquisas e produções de vídeo.poesia, e concretizam
sua primeira experiência com criação do curta Tropicalirismo.
Com a banda Avyadores do Brazyl, faz
show com rock, blues poesia no Espaço
Plural do Sesc Campos.
É o homenageado no evento Belô
Poético em Belo Horizonte, onde apresenta no Sesc o recital solo Poéticas
Fulinaímicas e com produção da Aliás Comunicação tem um pouco da sua
trajetória poética mostrada em dois Curtas criados para o programa Cinco
Minutos do Blog Caixa Preta.
Faz performance com poesia no
Shopping Brasil em Brasília, na abertura do show de lançamento do CD As Faces
da Gaita, do músico Engels Espíritos, com a participação especial da lenda do
Blues J J KJackson.
Apresenta no Espaço Plural do Sesc
Campos o recital multi mídia Poéticas Fulinaímicas, onde em determinados
momentos dialoga com a sua própria poesia no vídeo Jura Secreta 55,
filmado em Brasília, na Feira da Torre da TV e no Ateliê da atriz Lilia Diniz,
e em Belo Horizonte na Galeria onde foi criado o Clube da Esquina
Realiza o recital O Amor Em Estado
de Vinho e Uva, com poemas sobre o vinho, durante a realização da VII
Fenavinho em Bento Gonçalves-RS, tendo como parceria de palco a atriz May
Pasquetti.
Realiza o recital com poemas de sua
autoria e de Pablo Neruda durante a
programação do XV Congresso Brasileiro de Poesia, tendo como parceira de palco a sua musatriz May Pasquetti.
2008 – Realiza recital solo SagaraNagens
Fulinaímicas, no projeto Terças Poéticas, dirigido por Wilmar Silva
no Palácio das Artes em Belo Horizonte. Tem o poema que dá título ao recital
publicado no livro/catálago do evento.
Realiza o mesmo recital SagaraNAgens
Fulinaímicas, no circuito cultural de Brasília, tendo como parceira de
palco a atriz maranhense Lilia Diniz, e tem poemas musicados de improviso
durante o recital pelo músico brasiliense Anand Rao.
Com a banda Avyadores do Brazyl,
faz show de blues rock poesia no projeto Aumenta que Isso Aí é Rock And
Roll, no Sesc Campos e no espaço externo do Teatro Trianon. Produz a
exposição multi mídia, Luz e Sombras,
com letras de rock, fotografia de Ricardo Busquet e iluminação de Caco Omena,
exposta na Galeria do Sesc-Campos.
Realiza o recital LeminaskiArte da
Palavra em Cena durante a programação do XVI Congresso Brasileiro de Poesia em
Bento-Gonçalves, tendo como parceira de palco a musatriz May pasquetti.
Dirige Oficina de Produção de Vídeo
em Imperatriz no Maranhão, durante a Feira do Livro e realiza o recital solo Leminslkiarte
da Palavra em Cena, com poemas de sua autoria, de Paulo Leminski, Torquato Neto e Ferreira Gullar.
Realiza o recital Artur Gomes Poesia In
Concert no Sesc Campos, abrindo shows das cantoras Itamara Korax e Vânia
Bastos dentro da programação do Projeto Todas As Bossas.
Realiza o Recital Artur Gomes
Poesia Viva no Sesc Piracicaba-SP
2009 – Dirige Oficina de Produção de
Vídeo no Sesc Campos no Projeto Cultura Urbana e realiza o recital Malditos
Bem Ditos, com poemas de Torquato Neto e Paulo Leminski ao som de músicas
do compositor capixaba Sérgio Sampaio.
Realiza o recital multi mídia Mal Ditos Bem Ditos, em Bento
Gonçalves-RS durante a programação do XVII Congresso Brasileiro de Poesia, tendo como
parceira de palco a musatriz May Pasquetti
2010
– Realiza no parque das Ruínas – Santa Teresa – Rio de Janeiro o show Rock.Poesia, com 4 bandas de Rock do Rio de Janeiro, entre elas a Riverdies, que tem
como guitarrista o seu filho Filipe Buchaul Gomes(Fil Buc), além da
participação de uma dezena de poetas cariocas, e a atriz gaúcha May Pasquetti.
Todo o evento teve imagens captadas pelo cineasta Jiddu Saldanha, e vários
vídeos de diversos momentos do evento estão disponibilizados no canal: www.youtube.com/fulinaima
Encena
ao lado de Yve Carvalho e Sidney Navarro a
peça Pontal no bar de Neivaldo no Pontal em Atafona, com o patrocínio da
Prefeitura Municipal de São João da Barra. O Espetáculo poético teatral tem
poemas seus, de Aulysio Abreu Barbosa, Adriana Medeiros e Kapi, que assina a
direção.
Realiza
recital de abertura do XVIII Congresso Brasileiro de Poesia no hall de entrada da
Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves, com poemas de Ferreira Gullar, poeta homenageado na referida edição.
Dirige
Oficina de Produção de Vídeo, no Sesc-Bento Gonçalves, durante a programação do
Congresso Brasileiro de Poesia.
Realiza
recital com poemas seus e de Ferreira Gullar em várias Escolas e Praças de
Bento Gonçalves, tendo com parceira de palco a musatriz May Pasquetti.
Realiza
recital com poemas seus no Ateliê D´Aroeira em Cabo Frio no evento Saberes e
Sabores Nômades, com direção de Jiddu Saldanha. No mesmo espaço dirige Oficina
de Produção de Vídeo para alunos de Escolas Municipais.
Atua
no Curta O Ventilador, dirigido por Jiddu Saldanha, que conta ainda com
atuações dos poetas Cairo Trindade e Herbert Emanuel.
Realiza
recital na VI Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes e participa de uma mesa
de debate com o poeta gaucho Carpinejar.
2011
– Dirige Oficina de Produção de Vídeo no Projeto Conexões Urbanas do Sesc
Campos, voltado para alunos dos Cieps da Periferia. Produz uma dezena de vídeos
com imagens captadas nas Oficinas de Grafite e Skate do Projeto. Realiza Mostra
de Vídeos no Espaço Multi Mídia do Sesc.
Seu
poema Esfinge, musicado pelo músico e cineasta carioca Rodrigo Bittencourt é
gravado pela cantora gaúcha Dani Rauen, no CD Qualquer Lá.
Dirige
Oficina Cine Vídeo para alunos da Oficina de Fotografia do IFF Campus Campos
Centro. Faz Edição de 5 vídeos filmados por alunos durante o período dessa
Oficina.
Dirige
Oficina Cine Vídeo durante a Semana do Saber Fazer Saber realizada no IFF
Campus Campos Centro e realiza Mostra de Curtas produzidos nas Oficinas durante
a programação da Semana. Faz a Edição de 5 vídeos filmados por alunos durante a
realização dessa Oficina.
Realiza
recital com poemas de Affonso Romano Santana, na abertura do XIX Congresso
Brasileiro de Poesia, no hall de entrada da Prefeitura Municipal de Bento
Gonçalves-RS
Dirige
Oficina de Produção de Vídeo no IFF-Bento Gonçalves. Realiza o recital O
Delíro é A Lira do Poeta Se o Poeta Não Delira Sua Lira Não Profeta, com
poemas seus e de Mário Faustino, tendo como parceira de palco a musatriz May
Pasquetti.
Atua
no filme Brisa, dirigido por Jiddu Saldanha, primeiro curta em HD do
Projeto Cinema Possível, contando ainda no elenco com a atriz May Pasquetti, o
poeta Jorge Ventura e o escritor Airton Ortiz.
Integra
a Comissão de Seleção e Comissão Julgadora do III Festival Aberto de Poesia
Falada de São Fidélis, onde apresenta o recital Poesia In Concert, com poemas
de Ademir Assunção, Ferreira Gullar, Torquato Neto, Caetano Veloso, além de
poemas de sua própria autoria.
2012
– Coordena o I Festival Nacional de Cinema do IFF. Dirige Oficinas de
Cine Vídeo para alunos do Ensino Médio. Dirige Oficinas Cine Vídeo no
Laboratório, para alunos de vários cursos do IFF Campus Campos Centro. Dirige
Oficinas de Produção de Vídeo para alunos do IFF Campos Campos Centro,
bolsistas da UPEA.
Dirige
Oficina de Produção de Vídeo na UPEA
Durante o II Encontro Agro Ambiental.
Produz
vários curtas ambientais, com imagens captadas nos canais, braços de rio e boca
da barra, onde o rio Paraíba do Sul encontra com o oceano Atlântico, tendo como
atores os pescadores e catadores e catadoras de caranguejo de Gargaú.
Dirige
Oficina de Produção de Vídeo para alunos do Núcleo Avançado do IFF em São João
da Barra
A
convite de Paula Bastos, faz leitura
dramática com poemas de Pablo Neruda no Centro Cultural Luciano Bastos em Bom
Jesus do Itabapoana., durante o evento A América Latina Somos Todos Nós
Realiza
em Bento Gonçalves de 24 a 28 de setembro a Mostra Poesia na Telona, mostrando
a sua produção vídeo poética durante a programação da Edição do Congresso
Brasileiro de Poesia, onde realiza o recital Poesia In Concert, com poemas de Zeca Baleiro, Caetano Veloso,
Paulo Leminski, Ademir Assunção, além de poemas de sua própria autoria.
Realiza
o Recital Poesia In Concert no Sesc São Carlos, dentro da programação do
Projeto Valer São Carlos, com o coletivo TopamosLer um encontro com Artur Gomes
A
partir de 2014 - Dirige Oficinas de Teatro No SESC Campos com a montagem dos
espetáculos:
2014
- Nos Tempos da Foto Novela, e Uma
Noite de Natal
2015
- Waterkis - Selecione Água e em 2016 A Nossa Casa É Um Teatro
Em maio de 2015 realiza performance no FesTSolos 2, como uma das atrações
convidadas no Teatro Municipal de Cabo Frio.
Artur Gomes : soldado da palavra
por Thiago Rosenberg
Quando Artur Gomes, então aos 18 anos de idade, foi convocado a
servir aos Dragões da Independência, sua futura ocupação com a escrita estava
determinada. Sentia-se deslocado, angustiado, e passou a escrever cartas para
seus conhecidos e familiares de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de
Janeiro. “Era a forma que tinha para falar com os outros”, lembra.
Poeta, ator e arte-educador, Gomes escreve e recita poemas desde
os anos 70. Em 1983, criou o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira, que,
10 anos depois, venceu o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de
Arte), na categoria realização do ano.
Depois de muito ler as obras de Mário de Andrade,
especialmente Macunaíma , o artista idealizou o projeto
musical Fulinaíma. Criada em 2000, a banda apresenta um diálogo entre a poesia
e diversos estilos musicais. O CD Fulinaíma Sax Blues Poesia ,
lançado em 2002, conta com Gomes na voz, Dalton Fleire no sax e Luiz Ribeiro na
guitarra, em um trabalho mais voltado ao rock e, logicamente, o blues.
Em Fulinaíma: Outras Vozes/Outras Falas ,
programa apresentado em Outros Bárbaros , o poeta explora o
rock, o blues e outras sonoridades e diz ter atingido o verdadeiro propósito da
banda. “O significado do termo é algo como um ‘caldeirão de misturas', e a
nossa intenção é justamente misturar sons, influências”, explica Gomes.
Poeta que começou a escrever com a intenção de fugir da solidão
e da angústia no exército, diz que “todo artista, de certa forma, vive a
barbárie do mundo, mas os seus discursos devem ser justamente a favor da anti-barbárie”.
Alguma Poesia
não.
não bastaria a poesia de algum bonde
que despenca lua nos meus cílios
num trapézio de pingentes onde a lapa
carregada de pivetes nos teus arcos
ferindo a fria noite como um tapa
vai fazendo amor por entre os trilhos
não bastaria a poesia cristalina
se rasgando o corpo estão muitas meninas
tentando a sorte em cada porta de metrô
e nós poetas desvendando palavrinhas
vamos dançando uma vertigem
no tal circo voador
não bastaria todo riso pelas praças
nem o amor que os pombos tecem pelos milhos
com os pardais despedaçando nas vidraças
e as mulheres cuidando dos seus filhos
não.
não bastaria delirar copacabana
e esta coisa de sal que não me engana
a lua na carne navalhando um charme gay
e um cheiro de fêmea no ar devorador
num corpo de anjo que não foi meu deus quem fez
esse gosto de coisa do inferno
como provar do amor no posto seis
numa mistura de feitiço e fantasia
entre as pedras e o mar do arpoador
em altas ondas de mistérios que são vossos
não.
não bastaria toda poesia que eu trago
em minha alma um tanto porca
este postal com uma imagem meio lorca
um bondinho aterrisando lá na urca
e esta cidade deitando água em meus destroços
pois se o cristo redentor deixasse a pedra
na certa nunca mais rezaria padre nossos
e na certa só faria poesia com os meus ossos
POEMA DO LIVRO Couro Cru & Carne Viva - 1987
A Geografia Poética de Artur Gomes, em Música, Prosa e Verso
ou
A Arte da Palavra em Movimento
Por Cristiane Grando*
“todo poema tem dois gomes
toda faca tem dois gumes”
Artur Gomes
“A poesia é palavra que não fere o silêncio.”
Jorge Berchet
É possível encontrar, na poesia de Artur Gomes (Cacomanga-RJ, 1948), uma série
de referências culturais, uma espécie de mapa, uma geografia poética. Seus
versos são visitados por diversos artistas e intelectuais, vivos e eternos, da
arte brasileira e universal, como os músicos Caetano Veloso, Miles Davis, Janis
Joplin, e John Lennon, os cineastas Godard, Truffaut, Fellini e Glauber Rocha,
filósofos, dramaturgos, artistas plásticos, os poetas-amigos Dalila Teles
Veras, Luíza Buarque e Zhô Bertholini, além de uma infinidade de escritores e
poetas: Hilda Hilst, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Fernando Pessoa,
Drummond, Lorca, entre outros, e especialmente seus mestres – os Andrades, Mário
e Oswald e Guimarães Rosa... Macunaíma, Serafim Ponte Grande e Sagarana, são
referências constantes na obra de Artur Gomes.
Num diálogo intenso com a tradição literária, Macunaíma transforma-se
em Fulinaíma, e, acrescida da obra do mestre Guima, metamorfosea-se em
SagaraNAgens Fulinaímicas, (livro e CD ainda inéditos) poesia-música... e
teatro, para os que têm o privilégio de assistir aos shows de Artur Gomes,
declamando pelas ruas, bares, palcos... pela vida. Em sua inquietude, Gomes,
impregna o mundo com o som de poemas no cotidiano, quando os torna existência
em sua voz. O valor deste trabalho poético e musical ganha maior intensidade
quando inserido no contexto da sociedade contemporânea, no qual a poesia quase
não tem espaço nem estudo.
A poesia de Artur Gomes fere sem ferir. Num universo de navalhas,
sexo, cio, náuseas, estrumes, sua poesia tem dois gumes: um, marcado pela
tradição dos poetas malditos, retomando Baudelaire, Rimbaud e Mallarmé em
inúmeros poemas; outro pela musicalidade, arma com a qual assalta/assusta o
leitor desprevenido. Em lances de versos metalingüísticas, o próprio poeta
define o fazer poético: “pense sinfonia em rimas raras”.
Para ler Artur Gomes, devemos sempre estar atentos aos jogos de
palavras, à riqueza do trabalho sonoro e rítmico, à musicalidade, à inquietude
de seus conceitos, à plurissignificação, à multiplicidade das formas que as
palavras assumem no espaço da folha em branco, às maiúsculas e minúsculas
usadas de forma nada convencional, à criação de neologismos e novas expressões,
como drummundo, sabe/sabre, fogo de palha/fogo & palha, bola de gude/gosma
de grude, boca do estômago/bala no estômago. Um exemplo de trabalho formal e
inovador e representado no poema “Dia D”, cujas estrofes iniciam-se por uma
vírgula.
A cultura brasileira ganha valor e significado quando é convocada à
sua festa criativa uma grande quantidade de elementos indígenas e africanos,
relegados muitas vezes pela sociedade brasileira. Da mesma forma, estilos
musicais variados, associados à vanguarda da música contemporânea, também são
convocados a esta festa de livros e CDs de Artur Gomes que pode ser conferida
ouvindo o CD Fulinaíma Sax Blues Poesia, onde desfia com os seus parceiros Luiz
Ribeiro, Naiman de Reubes Pess a sua “Marca Registrada".
A palavra poética é uma ponte, uma celebração da liberdade pela qual
as pessoas podem ou devem ao menos tentar cruzar, para se salvarem ou para
gritarem contra as injustiças sociais e abusos que o império comete em seus
extra-muros.
A arte que assume Artur Gomes em seus versos e em sua vida é a arte da
palavra em movimento. Sendo ator, gestor e produtor cultural, Artur caminha por
diversas vertentes artísticas. Assim como o mímico Jiddu Saldanha, Artur Gomes
sabe “arrancar do gesto/ a palavra chave/ da palavra a imagem xis/ tudo por um
risco/ tudo por um triz”.
Agradecimentos ao poeta Leo Lobos, pela leitura da obra de Artur Gomes e pelo
diálogo, sugestões e comentários tecidos durante a elaboração do texto.
Cristiane Grando
Escritora, fotógrafa e professora
Doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada – Universidade de São Paulo
(USP). Laureada UNESCO-ASCHBERG de Literatura 2002-2003
A
Traição do Lirismo
Dalila Teles Veras
(orelha do livro)

Artur Gomes, feito gume, é máquina devoradora do mundo.
Mastiga coisas, afetos, pessoas, rumina e afia os elementos
em sua navalha verbal e os transforma na mais pura poesia.
Dono de uma criatividade em permanente ebulição, hábil no verbo
e na disposição visual do mesmo no espaço do suporte - papel ou pano -
bandeira a gotejar palavra que, não raro, é também palco e gesto,
(in)cenação a complementar e enriquecer o que a palavra muda já disse,
a dizer outra coisa que é também a mesma coisa: poesia.
Poeta em tempo integral, como poucos ousaram ser, Artur Gomes constrói,
sem pressa (os anos não parecem pesar - na carne nem no espírito)
a sua delirante e criativa poesia, colagem da colagem da colagem,
(re)encarnação mais do que perfeita da antropofagia como nem
mesmo o velho Serafim sonhou. Nada, absolutamente nada escapa
à sua devastadora e permanente passagem, andarilho de poderosa
voz a evangelizar para a poesia.
Este Brazilírica Pereira: A Traição das Metáforas é a continuação
de um enredo de há muito ensaiado. Seus atrevidos personagens
já apareciam em Vinte Poemas com Gosto de JardiNÓpolis & Uma Canção
com Sabor de Campos. Legítimas apropriações retiradas de
suas viagens brazílicas, figuras que a sua generosidade literária
faz questão de homenagear. Na passarela poética de Artur,
tanto podem desfilar Mallarmé, Faustino, Dalí, Oswald,
Baudelaire, Drummond, Pound, Ana Cristina César
e o sempre lembrado mestre Uilcon Pereira,
a quem o novo livro é dedicado, como personagens anônimos
encontrados nas quebradas do mundaréu, além dos amigos,
objeto constante de sua poesia. Neste caldeirão,
“olho gótico TVendo”, entra até um despudorado acróstico,
rimas milionárias em permanente celebração.
O poeta Artur, disfarçado de concreto,
celebra descaradamente a amizade e o lirismo
e ri-se de quem tenta classificá-lo. Evoé, Artur!
Delírio
Verbal e Preito
em BraziLírica Pereira
O livro, altar em que se celebra poetas do conturbado século XX, traz a poesia
do poeta fluminense Artur Gomes, situada na interface da praxis artística e da
experiência existencial, advinda do campo das escaramuças lexicais e da experimentação
alegórica.
Erorci Santana*
BraziLírica Pereira: A Traição das Metáforas (Alpharrabio Edições, Santo
André/SP, 2000), obra poética de Artur Gomes, toda grafada em minúsculas,
principia com dois textos ou, melhor, intertextos com lastro na obra do
escritor Uilcon Pereira, espécie de homenagem a desvairada letra uilconiana e à
figura daquele escritor. Tanto que, no sintético poema que arremata esse preito
literário, Artur o invoca através de uma circunstância biográfica datada: “quem
es tú uilcon pereira?/que foste fazer na sorbonne?/Ter aulas com sartre/ou
cantar a simone?”.
Contudo, e apesar da primazia de Uilcon Pereira nesta festa verbal, é vasto o
coração dessa usina lírica, BraZilírica Pereira trafega em que, antes de
traição, há a afirmação do caráter multifacetário e engendrador das metáforas,
personificadas e levadas ao extremo onde êxtase e humor se entrelaçam. Todo um
renque de escritores de ponta é glosado, parodiado e parafraseado: Mallarmé(e
seu lance de dados), Oswald de Andrade (e seus biscoitos finos, prometido ao
palato das massas), Leminski (e sua Alice), Drummond (e seu anjo torto), além
de Torquato Neto, Mário Faustino, Sousândrade, Ezra Pound, Dalí, Ana Cristina
César, autores referenciais a constituir um panteão geracional. São ícones
alinhados no altar da celebração literária, sim, mas também serventia
doméstica, dos quais o autor se utiliza, por estético capricho, com derrisão e
iconoclastia: “torquato era um poeta/que amou a ana/leminski profeta/que amou a
lice/um dia/pós/veio uilcon torto/e pegou a joia diana/juntou na
pereiralice/com o corpo & alma das duas/foi Beauvoir assombradado/roendo o
osso do mito/pra lá de frança ou bahia/pois tudo que o anjo via/Sartre jurou já
Ter dito/Nonada/biúte:ria”.
Aqui não se vislumbra paradoxo, pois a modernidade, tendo peneirado as cinzas
da dor humana no século XX, revelou a fênix de face tanto ebúrnea quanto
álacre; a arte passou a privilegiar o profano e o lúdico em detrimento das
inclinações sacramentais e sombrias. E essa BraziLírica Pereira antropofágica e
transluzente é a maneira do poeta entretecer a urdidura dos afetos, reinventar
a cultura e os agentes culturais de sua predileção, com instrumentos lúdicos e
sarcásticos, considerados a ponte para a grande arte.
Outro aspecto a ser considerado é que o autor, egresso do movimento da poesia
marginal dos anos 70, “essa poesia de efeito extraordinariamente comunicativo,
que procura e tira vantagem de uma dicção bem-humorada, ardilosa, alegre e
instantânea”, na radiografia de Heloísa Buarque de Hollanda, incorporou e
aprimorou suas principais conquistas estéticas, notadamente elementos da
oralidade acoplados à exploração acentuada da sonoridade vocabular, recurso que
leva a poesia ao liminar do domínio musical. Quase não é mais poesia para ler e
sim para dizer em alta voz, ou cantar., circunstância em que o poeta moderno
recupera o status de jogral. Nessa aventura literária, às vezes o autor se
transubstancia no texto, traveste-se através das personas Lady Gumes, Macabea,
Federika Bezerra, Fedra Margarida, projeções de seu alter-ego que pretendem
cravar o corpo na palavra, com sinuosidades, coalescências e dissimulações,
atributos só encontráveis no espírito feminino.
Situada na interface da praxis artística e experiência existencial, o
poeta-prazer, com estado de êxtase permanente desde Couro Cru & Carne Viva,
perpetua sua poesia guerrilheira no campo das escaramuças lexicais e da
experimentação alegórica, dotada até de um certo autoflagelamento
exibicionista, em que louca e alucinada se lacera e despe-se da veste hierática
revelando sua outra face insuspeita, sua outra indumentária profusa e
multicolor. Em outras palavras, seu traje de ironia e de humor.
Erorci Santana é poeta, autor de Estatura Leviana,
Conceitos para Rancor e Maravilta.
JURAS SECRETAS
feitiçarias de Artur Gomes –
Michèle
Sato
Difícil iniciar um prefácio para abordar feitiçarias de um grande mestre. A
mágica aparição do texto transborda sentidos cósmicos, como se um feixe de luz
penetrasse em um túnel escuro dando-lhe o sorver da vida. Diariamente, recebo
um deserto imenso de poemas e a leitura se esvai com “batatinha quando nasce
põe a mão no coração”. Um ou outro me chama a atenção, desde que sou do chamado
“mundo das ciências” e leio poemas com coração, mas inevitavelmente aguçado pelo
olhar crítico vindo do cérebro.
A academia pode ser engessada, mas é, sobremaneira, exigente. Aplaude o
inédito, reconhecendo que o poema é um caos antes de ser exteriorizado, mas
harmônico, quando enfeitiçado. A leitura requer algo como canto do vento, que
não seja fugaz, mas que acaricie no assopro da Terra. Por isso, é com
satisfação que inicio este pequeno texto, sem nenhuma pretensão de esgotar o
talento do grande mestre, mas responder aos poemas de Artur que brilham, soltam
faíscas, incendeiam-se em erotismo e garras enigmáticas. Ele transcende regras,
inventa palavras, enlouquece verbos. E as relações estabelecidas revelam a
desordem dos sonhos na concretude harmônica de suas palavras.
A aventura erótica não se despede de seu olhar político. Situado
fenomenologicamente no mundo, e transverso nele, Artur profana o sagrado com
suas invenções transgressoras. Reinventa a magia e decreta uma nova vida para
que o mundo não seja habitado somente pelos imbecis. Dança no universo, com a
palavra fluída, imprevistos pitorescos, mordidas e grunhidos. Reaparece no meio
de um cacto espinhoso, mas é absurdamente capaz de ofertar a beleza da flor.
Contemporâneo e primitivo se aliam, vencem os abismos como se ao comerem as
palavras monótonas, pudessem renascer por meio da antropofagia infinita de
barulhos e silêncios. O sangue coagulado jorra, as cavernas se dissolvem e é
provável que poucos compreendam a beleza que daí se origina.
Nos labirintos de suas palavras, resplandece o guerreiro devorador, embriagado,
quase descendo ao seu próprio inferno. Emana seu fogo, na ardência de sexo e
simultaneamente na carícia do amor. Pedras frias se aquecem, coram com o tom
devasso que colore a mais bela das pornofonias. Marquês de Sade sente inveja
por não ser o único déspota das palavras sensuais. E os poemas de Artur
reflorescem, exalam odor como desejos secretos e risos que ecoam no
infinito.
não fosse essa alga queimando em tua coxa ou se fosse e já soubesse mar o nome
do teu macho o amor em ti consumiria (jura secreta 5)
De repente um cavalo selvagem cavalga na relva úmida, como se o orvalho da
manhã pudesse revelar o fogo roubado das pinturas rupestres. Ao som de
tambores, suas palavras se tornam arte em si, como se fossem desenhos
projetados em um fantástico mundo vertiginoso. Seres encantados surgem das
águas originários de sentimento, abraçadas nas pedras lisas, rugosas,
esverdeadas da terra. O fogo dança em vulcões e a metamorfose é percebida em
seus ares. Os elementos se definem como bestas, humanos, ou segmentos da
natureza como uma orquestra sinfônica que vai além da sonoridade. Adentram
sentidos polissêmicos e, neste momento, até o André Breton percebe o
significado das palavras de Artur, pois a beleza é convulsiva e crava no peito
feito cicatriz.
e o que não soubesse do que foi escrito está cravado em nós como cicatriz no
corte (jura secreta 10)
Da violação do limite, do fruto proibido ou da linguagem erótica, os poemas de
Artur são orgasmos literários que oscilam entre o sacro e o profano. Sua
cultura, visão de mundo e inteligência possibilitam ir além da pura emoção
sentimental, evocando a liberdade para que a terra asfixiada grite pela
esperança. Artur comunga com outros seres a solidariedade da Terra, ainda que
por vezes, seja devastador em denunciar disparidades, mas é habilidoso em
anunciar acalentos. A palavra poética desfruta fronteiras, e Roland Barthes
diria que a história de Artur é o seu tributo apaixonado que ele presta ao
mundo para com ele se conciliar. Em sua linguagem explosiva, provavelmente está
a intensidade de sua paixão - um amor perverso o suficiente para viciar em suas
palavras, mas delicado o bastante para dar gênese ao mundo enfeitiçado pela
habilidade de sua linguagem.
A essência deste perfume parece estar refletida num espelho, pois se as
linguagens podem incluir também o silêncio, as palavras de Artur soam como uma
melodia. Projetada numa tela, a pintura erótica torna-se sublime e para além de
escrevê-las, ele vive suas linguagens. Esta talvez seja a diferença de Artur
com tantos outros poetas: a sua capacidade de transcender a tradição medíocre
para viver um intenso de mistério de sua poética. Ele não duvida de suas
palavras, nem as censura para não quebrar seu encanto, mas devora em seu ser na
imaginação e no poder de sua criação. Criador e criatura se misturam, zombam da
vida, gargalham da obviedade. Põem-se em movimento na dança estrelas que
iluminam a palavra.
Os fragmentos poéticos são misteriosos de propósito, uma cortina mal fechada
assinala que o palco pode ser visto, porém não em sua totalidade. Disso resulta
a sedução para que ele continue escrevendo, numa manifestação enigmática do
poder surrealista em nos alertar sobre nossas incompletudes fenomenológicas. O
imperfeito é o sentido da fascinação, diria Barthes em seus fragmentos de um
discurso amoroso. E a poética de Artur não representa ressurreição, nem logro,
senão nossos desejos. O prazer do texto pode revelar o prazer do autor, mas não
necessariamente do leitor. Mas Artur lança-se nesta dialética do desejo,
permitindo um jogo sensual que o espaço seja dado e que a oportunidade do
prazer seja saciada como se fosse um "kama sutra poético" para além
do prazer corporal. Esta duplicidade semiológica pode ser compreendida como
subversiva da gramática engessada - o que, em realidade, torna seus textos mais
brilhantes. Não pela destruição da erudição, mas pela abertura da fenda, para
que a fruição da linguagem seja bandeira cultural da liberdade.
E a sua liberdade projeta-se num horizonte onde a dimensão sócio-ambiental é freqüentemente
presente. É uma poesia universal de representações urbanas e rurais, de flora,
fauna e fontes de praças públicas. Desacralizando o “normal previsível”, borda
em sua costura de mosaicos, esquinas e passaredos.
eu sei de gente e de bichos ambos atolados no lixo tem gente que come bicho tem
bicho que come gente tem gente que vive no lixo tem lixo que mora no bicho
gente que sabe que é bicho e bicho que pensa ser gente(jura secreta 28)
A poética das Juras Secretas opõem-se a instância pretérita numa espiral de
presente com futuro. Metafisicamente, desliga-se do momento agonizante e os
olhos do poeta não se cansam, ainda que a paisagem queira cansá-los. Seu toque
lembra o neoconcretismo, por vezes, cuja aparição na semana da arte moderna
mexeu com os mais tradicionais versos da literatura ordinária. Mas sua
temporalidade vence Chronos, na denúncia de um calendário tirano ao anúncio de
Kairós, também senhor do tempo, mas que media pelos ritmos do coração.
20 horas 20 noites 20 anos 20 dias até quando esperaria... até quando alguém
percebesse que mesmo matando o amor o amor não morreria. (jura secreta
98)
É óbvio que a materialidade da linguagem, sua prosódia e seu léxico se mantêm
no texto. Mas foge das estruturas engessadas do arrombo repetitivo, florescendo
em neologismos verossímeis e ritmos cardíacos. Amiúde, são palavras jorradas em
potente cultura significante. No chão dialogante, este poeta desestabiliza a
normalidade com suas criações.
por que te amo e amor não tem pele nome ou sobrenome não adianta chamar que ele
não vem quando se quer porque tem seus próprios códigos e segredos mas não
tenha medo pode sangrar pode doer e ferir fundo mas é razão de estar no mundo
nem que seja por segundo por um beijo mesmo breve por que te amo no sol no sal
no mar na neve.(jura secreta 34)
ARTUR GOMES é, para mim, um grande relato de seu próprio devir, que sabe
poetizar a partir de seu vivido. E por isso, enfeitiça.
*Michele
Sato – Doutora
em Biologia – Pesquisadora da UFMT –
Organizadora
da Antologia Eco Arte Para o Re-Encantamento do Mundo
A Poesia Liberada de
Artur Gomes
por Uilcon Pereira
há uma passagem, em Auto do Frade, de João Cabral que me chamou a
atenção:
"- Fazem-no calar porque, certo,
sua fala traz grande perigo.
- Dizem que ele é perigoso mesmo
falando em frutas, passarinhos".
Vislumbro aí uma espécie de definição do alto poder transgressor da
poesia, do poeta, da arte em geral: deixar fluir uma energia de protesto e
indignação, crítica e iluminação da existência, qualquer que seja o pretexto ou ponto de partida.
Por exemplo -: Suor & Cio, novo poemário de Artur Gomes. Na sua
primeira parte (Tecidos sobre a Terra), lemos um testemunho direto sobre as
misérias e sofrimentos na região de Campos dos Goytacazes, interior fluminense.
Não se canta amorosamente as lavouras de cana e grandes usinas, os aceiros e
céus de anil. Ao contrário. Ouvimos uma fala que "traz grande
perigo", efetivamente, ao denunciar - com aspereza e às vezes até com
extremo rancor - a situação histórico-social, bruta e feroz, selvagem e
primitiva, da exploração do homem no contexto do latifúndio e da monocultura.
"usina mói a cana
o caldo e o bagaço.
usina mói o braço
a carne o osso".
Mas esta poesia dura, cortante e aguda, mantém igualmente a sua força de
transgressão - continua revolucionária e perigosa - mesmo quando tematiza
(principalmente em Tecidos sobre a Pele, segunda parte do livro) as frutas, ou
prazer sexual, os seios, o mar, os impulsos eróticos. Por detrás dos elementos
bucólicos e paradisíacos (só na aparência, bem entendido), eis que explode o
censurado o reprimido, o que não tem de
vergonha nem nunca terá:
"arando o vale das coxas
com o caule da minha espada
no pomar das tuas pernas
eu planto a língua molhada".
Por isso, frequentemente os poemas se debruçam sobre o próprio ofício do
poeta, e sobre o próprio sentido do fazer artístico. Ofício de artista,
experiência de poeta: presença do risco e da violação das normas injustas:
carnavalizando, desbundando a troup-sex, infernizando o céu e santificando a
boca do inferno, denunciando o rufo dos chicotes, opondo-se aos donos da vida
que controlam o saldo, o lucro e o tesão.
Os versos de Artur Gomes querem ser lidos, declamados, afixados em
cartazes, desenhados em camisas. E vieram para ficar nas memórias e bibliotecas
da nossa gente, apesar do suor e do cio, graças ao suor e ao cio:
"com um prazer de fera
e um punhal de amante".
Uilcon Pereira
são paulo, julho 85
Antologia Eco Arte
Org. Michele Sato – UFMT
Pontal Foto
Grafia
1. Aqui,
redes em pânico
pescam esqueletos no mar
esquadras – descobrimento
espinhas de peixe
convento
cabrálias esperas
relento
escamas secas no prato
e um cheiro podre no
AR
caranguejos explodem
mangues em pólvora
Ovo de Colombo quebrado
areia branca inferno livre
Rimbaud - África virgem –
carne na cruz dos escombros
trapos balançam varais
telhados boiam nas ondas
tijolos afundando náufragos
último suspiro da bomba
na boca incerta da barra
esgoto fétido do mundo
grafando lentes na marra
imagens daqui saqueadas
Jerusalém pagã visitada
Atafona.Pontal.Grussaí
as crianças são testemunhas:
Jesus Cristo não passou por aqui
Miles Davis fisgou na agulha
Oscar no foco de palha
cobra de vidro sangue na fagulha
carne de peixe maracangalha
que mar eu bebo na telha
que a minha língua não tralha?
penúltima dose de pólvora
palmeira subindo a maralha
punhal trincheira na trilha
cortando o pano a navalha
fatal daqui Pernambuco
Atafona.Pontal.Grussaí
as crianças são testemunhas:
Mallarmè passou por aqui
bebo teu fato em fogo
punhal na ova do bar
palhoças ao sol fevereiro
aluga-se teu brejo no mar
o preço nem Deus nem sabre
sementes de bagre no porto
a porca no sujo quintal
plástico de lixo nos mangues
que mar eu bebo afinal?
Artur
Gomes (1948) Fazenda Santa Maria de
Cacomanga, Campos dos Goytacazes - Estado do Rio de Janeiro.
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