marginalha
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Gilberto Gil
os caranguejos explodem no meu crânio
mariposas pousam mas não cantam
borboletas voam mas não cantam
os papagaios estão mudos
desde o grito de Cabral: o Terra à Vista!
a amazônia é exterminada por moto-serras ruralistas.
mas juro que não sou correto
juro que não sou decente
poesia é faca entre os ossos
navalha entre os dentes
desde todo tempo as milícias des(matam) nas favelas
e todo Dia é Dia D Todo Dia É Dia Dela
vivo num brasil subvertido
na cadeia está preso um presidente
e os palácios são os covis desses bandidos.
Artur Gomes
Pátria A(r)mada - Editora Desconcertos - 2019
Juras Secretas - Editora Penalux - 2018
e vem aí O Poeta Enquanto Coisa
Fulinaíma MultiProjetos
portalfulinaima@gmail.com
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