meu poema no Lula Livro
intervenção poética
minha metralhadora
cospe poesia porque o tempo não para
coice dentro da noite
caçando luz na escuridão
cospe poesia porque o tempo não para
coice dentro da noite
caçando luz na escuridão
o tempo despeja
os ponteiros do relógio
sobre nossas carcaças
fumegantes
os ponteiros do relógio
sobre nossas carcaças
fumegantes
nervos e músculos
sustentam ossos em nossos corpos
vulneráveis aos contra-templos
dos trilhos
sustentam ossos em nossos corpos
vulneráveis aos contra-templos
dos trilhos
clamo por intervenção poética
no morro do encantado
lançando fogos de artifícios
no morro do encantado
lançando fogos de artifícios
chuva de poemas
na cabeça dos fardados
com papel para imprimir
flores - na boca dos fuzis
de cada soldadinho de chumbo
na cabeça dos fardados
com papel para imprimir
flores - na boca dos fuzis
de cada soldadinho de chumbo
Artur Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário