sábado, 11 de agosto de 2018

intervenção poética



meu poema no Lula Livro

 intervenção poética

minha metralhadora
cospe poesia porque o tempo não para
coice dentro da noite
caçando luz na escuridão

o tempo despeja
os ponteiros do relógio
sobre nossas carcaças
fumegantes

nervos e músculos
sustentam ossos em nossos corpos
vulneráveis aos contra-templos
dos trilhos

clamo por  intervenção poética
no morro do encantado
lançando fogos de artifícios
chuva de poemas
na cabeça dos fardados
com  papel para imprimir
flores - na boca dos fuzis
de cada soldadinho de chumbo

Artur Gomes



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