terça-feira, 31 de março de 2020

estação 353


Estação 353
estórias que ainda não contei (ou) Ionesco vem me visitando

moro na estrada do estreito não sei se endereço ou metáfora na linguagem pá lavra onde  procuro para escavar a língua e enterrar o sol no coração de São Francisco sertão barroco barro bar abacaxi briga de galo cavalo alado no domingo do macuco senzala gueto ainda intacto no recife armorial boi carnaval e o meu quintal praia da barra e o barro banto sob meus pés explodem plantas cheiro na orla algas espuma na água sal o mar é logo ali depois do uriticum ela não me deixa sozinho balançar na rede com o meu livro de imburi enquanto dolly mastiga sua oração embaixo o pé de siriguela branco corre atrás do joão de barro que voou para o outro lado do muro onde mora Juliana tomatinhos para o angu de sábado um mamão para depois do almoço tenho sonhado demais tenho latido pra cachorro ano passado corri mas esse ano não corro tente entender tudo mais sobre o sexo Araxá azul é brinquedo cortamos a goiabeira para não ver Jesus cantando triste Bahia na transa de Caetano aqui não fumo nem cheiro mas trepo enquanto Alice dorme no quarto ao lado depois de passar a noite lendo estórias que ainda não contei juras secretas de um poeta enquanto coisa bacurau é bacaralho punk koreano no sebo do Jidduks ainda guardo lembranças do último FesTSolos e o passeio no badu pela lagoa de Araruama o que Anchieta não disse anda pulsando em minhas veias pelas travessas e becos da república federativa de São Pedro da Aldeia cheiro o pó de café que a Lis anda queimando na cozinha em Cabo Frio Facury mostra sua última artemanha de bonecos na usina 4 traçando trocadilhos sobre a vidaDura em sua rede Macunaímica trazida lá do Maranhão ontem não sei se indo ou vindo para Campos pensava Gabriel de lá Puente o nosso Serafim Ponte Grande que se embrenhou pelos acres quanta saudade - dói mas não demora  - na próxima terça encontro a Micaela e Cristina Cruz na Santa Paciência e vamos reinventar o mar de (sal)dades da cantora careca outubro ou nada em Itaipu re-encontrarei   meu trio de nikit Ciranda Marco Valença Maurício Reis mais um livro na mesa poema onde tudo cabe  sarau no Lagoas Bar Ionesco vem me visitando na pele da memória por ser ainda menina mym mesma na balbúrdia é explosão de adrenalina

Federico Baudelaire
Fulinaíma MultiProjetos
portalfulinaima@gmail.com
(22)99815-1268 - whatsapp



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