Engenho
minha terra
é
de senzalas tantas
e enterra em ti
milhões de outras esperanças.
soterra em teus grilhões
a voz que tenta - avança
planta em ti
como canavial que a foice corta.
mas cravado em ti
me ponho a luta
mesmo sabendo - o vão
- estreito em cada porta.
Artur Gomes
in Suor & Cio - 1985
obs.: em 1987 este poema foi publicado na Antologia Carne Viva - a primeira antologia de poesia erótica publicada no Brasil, organizada por Olga Savary.
Nenhum comentário:
Postar um comentário